Eleição na Venezuela: ONU enviará observadores para monitorá-la

Vanessa Lopes Por Vanessa Lopes
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Caracas, capital da Venezuela convida as Nações Unidas para acompanhar o pleito venezuelano (Reprodução/Pixabay)

A Venezuela acatou a sugestão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e concordou em receber especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) para monitorar o pleito deste ano. Conforme a organização, a Capital Caracas fez o convite formalmente e concordou em receber quatro especialistas para acompanhar as eleições que, ocorrerão no próximo mês de julho, na Venezuela. O anúncio foi feito por uma comissão eleitoral comandada pelo então presidente e candidato à reeleição, Nicolás Maduro.

Isso porque, em maio deste ano, o país havia revogado um convite feito pelos observadores da União Europeia após Bruxelas se posicionar sobre a proibição da candidatura da opositora de Maduro, María Corina Machado, líder nas intenções de votos no país.

ONU manifesta-se

Segundo o comunicado da própria ONU, Caracas a convidou para acompanhar o pleito. 


A garantia da ONU pela paz e segurança internacional estreita os laços de seus membros para a cooperação com os princípios da soberania e respeito a todos os povos (Foto: reprodução/Tetra Images/getty images embed)


“A equipe vai ao país no início de julho para fornecer ao Secretário-Geral (da ONU) um relatório interno independente sobre a condução geral das eleições. O relatório do painel ao Secretário-Geral será confidencial e incluirá recomendações para fortalecer futuros processos eleitorais na Venezuela.”

Lula ligou para Maduro

Mediante o episódio sobre a revogação do convite da União Europeia, o Presidente Lula telefonou a Maduro e manifestou a importância do processo eleitoral ter “ampla presença de observadores internacionais”, segundo a sede da Presidência da República do Brasil, Planalto.

A crise na Venezuela

O país convive com a crise econômica desde os últimos anos do governo de Hugo Chávez, embora tenha sido potencializada no campo da política e economia pelo governo pouco democrático de Nicolás Maduro.


A desvalorização da moeda venezuelana trouxe aumento da inflação, que já estava entre os cinco países com a inflação mais alta do mundo (Foto: destaque/Philippe Turpin/getty images embed)


A partir de 2013, o país sul-americano agravou uma crise também humanitária, pois seus cidadãos sofrem com o racionamento de alimentos e encontram refúgio na imigração constante pela fronteira norte do Brasil em Pacaraima, Roraima. 

Somado à crise política, ocasionada pela disputa de poder e corrosão democrática de Maduro, a economia foi abalada em função da crise de 2014, quando houve a desvalorização do petróleo no mercado internacional, já que o país pertence à OPEP, e é dependente dessa commodity. Sem uma economia diversificada, os lucros do petróleo eram usados para importar tudo que não era produzido por sua indústria. Além disso, o país vive sob ameaça de sofrer uma intervenção militar direta dos Estados Unidos da América.

Redatora do Site In Magazine (IG) Graduada pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) Especialista em Ciências Políticas pela FACULESTE
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