Eleições na França: extrema direita é favorita pelas pesquisas

Lourdes Carvalho Por Lourdes Carvalho
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Foto destaque: Parlamento Europeu em Estrasburgo, leste da França (Reprodução/Sebastien Bozon/AFP/Getty Images embed)

Nesta quinta-feira (20), foram divulgadas duas pesquisas eleitorais, as quais mostram o partido do atual presidente em terceiro lugar e o favoritismo da extrema direita.

Duas pesquisas mostram a mesma tendência

A pesquisa da Pollster IFOP, que foi encomendada pelo grupo de radiodifusão TF1 e o Le Figaro, mostrou que o União Nacional levaria 34% dos votos, 29% seria da Frente Popular, partido de esquerda; o bloco Juntos por Macron ficaria em terceiro lugar, com 22%.

A outra pesquisa foi da Harris Interactive, encomendada pela rádio RTL, M6 TV e Challenges Magazine. Essa traz 33% dos votos para o partido de extrema direita, a esquerda com 26% e 21% para a coalizão de Macron.


Emmanuel Macron, presidente da França (Foto: reprodução/Chesnot/Getty Images embed)


Semana agitada para os futuros parlamentares franceses

A campanha oficial para as eleições legislativas antecipadas na França alavancou após uma semana de reviravoltas. Já são conhecidos os candidatos que irão disputar os 577 lugares na Assembleia Nacional. Macron antecipou as eleições no intuito de que os demais partidos tivessem pouco tempo para se prepararem.

O formato da votação é feito através de um sistema maioritário que acontece em dois momentos de escrutínio. Os eleitores irão às urnas nos dias 30 de junho e 7 de julho para eleger os deputados.

Alianças e manifestações

Intensas negociações para formar alianças e manifestações contra a extrema-direita marcaram essa semana. Os partidos de esquerda se reuniram sob a bandeira da Frente Popular; os Republicanos e o Rassemblement National (RN) fizeram uma aliança e os tribunais suspenderam temporariamente a exclusão de Éric Ciotti do partido Les Républicains, logo após o acordo com o RN.

A incerteza política provocou uma onda de venda de títulos e ações francesas, logo que as eleições foram convocadas inesperadamente por Macron. Seus aliados manifestaram receio de que uma vitória da extrema direita ou da esquerda poderia criar uma crise financeira. De acordo com o primeiro-ministro, Gabriel Attal, a vitória de qualquer um deles seria catastrófica para a França.

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