Em novo episódio do conflito entre Rússia e Ucrânia, 180 prisioneiros são libertos

Lourdes Carvalho Por Lourdes Carvalho
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Foto destaque: Putin e Zelensky (Reprodução/Getty Images embed)

Nesta terça-feira (25), em meio à crescente tensão da guerra entre Rússia e Ucrânia, com o fornecimento de armas pelos ocidentais à Ucrânia, 180 encarcerados ganharam a liberdade: 90 prisioneiros de guerra das Forças Armadas ucranianas foram libertos pela Rússia e a Ucrânia soltou 90 militares russos.

Cuidados com os prisioneiros libertados

Todos os libertados receberão assistência médica e psicológica necessárias, de acordo com informações da pasta russa. Os militares serão transportados em aeronaves de transporte militar das Forças Aeroespaciais da Rússia para receber tratamento e reabilitação em instituições médicas do Ministério da Defesa do país.


paisagem do Kremlin
Kremlin bloqueia acesso de vários meios de comunicação, incluindo AFP (Foto: Reprodução/Instagram/@afpfr)

Essa não foi a primeira troca desde o início do conflito. No início de janeiro de 2024, mais de 400 prisioneiros de guerra foram libertados, 248 militares russos em troca de 230 militares ucranianos. No final do mesmo mês, outros 195 soldados de cada lado foram trocados. Em 31 de maio deste ano, também com a mediação dos Emirados Árabes Unidos, 75 prisioneiros de cada país ganharam a liberdade.

Intercessão da Igreja católica

O Papa Francisco vem tentando interceder por aqueles que sofrem com conflitos ao redor do mundo. No dia 12 de maio deste ano, nas saudações após o Regina Caeli, ele fez mais um apelo para libertação de detentos de ambos os lados.

“Enquanto celebramos a Ascensão do Senhor Ressuscitado que nos liberta e nos quer livres, renovo o meu apelo para uma troca geral de todos os prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia, assegurando a disponibilidade da Santa Sé em favorecer todos os esforços nesse sentido, especialmente por aqueles que estão gravemente feridos e doentes.”

Papa Francisco

Em mais de dois anos de conflito, vários milhares de prisioneiros foram libertados por ambos os lados. Uma parte principal da missão de paz na Ucrânia, confiada pelo Papa ao cardeal Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, refere-se justamente à troca de prisioneiros e à repatriação de crianças ucranianas da Rússia.

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