O ministro da Energia de Israel, Eli Cohen, anunciou neste domingo (9) o corte imediato do fornecimento de eletricidade para a Faixa de Gaza. Segundo ele, a medida tem como objetivo pressionar pela libertação dos reféns ainda mantidos pelo Hamas. Além disso, Cohen reforçou que Israel fará tudo ao seu alcance para eliminar o grupo da região.
Enquanto isso, as negociações de cessar-fogo continuam. O Hamas busca iniciar conversas sobre a segunda fase do plano de trégua, mas Israel se opõe à ideia e mantém o foco exclusivo na troca de reféns, sem intenção de encerrar a guerra. Na última semana, o governo israelense interrompeu o envio de ajuda humanitária ao enclave, tentando pressionar o Hamas a seguir seus termos para a continuidade das negociações.
Possíveis negociações entre Israel e o Hamas
Neste sábado (7), uma delegação do Hamas chegou ao Cairo para discutir os próximos passos do acordo. Após conversas com os Estados Unidos, Israel decidiu enviar representantes para participar das negociações nesta segunda-feira (10). Segundo autoridades israelenses, o país estaria se esforçando para avançar no diálogo. A guerra entre Israel e o Hamas, iniciada em 7 de outubro de 2023, começou após um ataque do Hamas que matou mais de 1.200 israelenses e levou à captura de centenas de reféns. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza, resultando em uma devastação sem precedentes e um alto número de mortos, a maioria civis palestinos. A crise humanitária se agravou rapidamente, com falta de alimentos, água, eletricidade e assistência médica.
Mais sobre o cessar-fogo
Após meses de combates intensos, houve tentativas de mediação para um cessar-fogo, principalmente por parte dos Estados Unidos, Egito e Catar. Alguns acordos temporários permitiram pausas nos ataques e a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, mas a violência continuou em diversos momentos.
O impacto foi profundo para ambos os lados: milhares de vidas foram perdidas, famílias foram destruídas e cidades foram reduzidas a escombros. Além disso, a guerra aumentou a polarização no cenário internacional, gerando protestos e debates sobre os direitos humanos e a legitimidade das ações militares.
Apesar dos esforços diplomáticos, um cessar-fogo duradouro ainda enfrenta desafios, pois as demandas de ambos os lados continuam distantes. O conflito reforçou um ciclo de violência que, sem soluções políticas e humanitárias concretas, ameaça se repetir no futuro.