Entenda como funciona a craniotomia, cirurgia de cabeça realizada em Lula

Presidente passou pelo procedimento, após apresentar fortes dores de cabeça e sonolência

Raquel Cunha Por Raquel Cunha
3 min de leitura
Foto destaque: Presidente do Brasil, Lula da Silva (Reprodução/Ton Molina/Getty Images embed)

Na última segunda-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou por uma cirurgia craniana no Hospital Sírio-Libanês, após sentir fortes dores de cabeça, e precisou ser transferido de Brasília para a unidade de São Paulo. O procedimento chamado “craniotomia” durou cerca de 2 horas e não houve intercorrências. Segundo boletim médico, Lula segue em recuperação monitorada em leito hospitalar na UTI.


Boletim médico de Lula publicado nas redes sociais (Foto: reprodução/Instagram/@lulaoficial)


O que é e como funciona a craniotomia

A cirurgia foi necessária para drenar um hematoma intracraniano, causado pela queda de Lula em outubro deste ano, no Palácio do Planalto. Essa cirurgia é feita para tratar condições neurológicas que exigem acesso direto ao cérebro.

O procedimento, em que parte do crânio é temporariamente removida para tratar problemas neurológicos, como hemorragias, traumatismos ou tumores; inicia-se com a aplicação de anestesia geral para garantir o conforto do paciente.

Em seguida, o cirurgião faz uma incisão no couro cabeludo e remove uma seção do osso craniano, chamada “retalho ósseo”. Após chegar ao cérebro e tratar o problema, o osso removido é reposicionado e fixado com placas ou parafusos.

Nos casos em que a cirurgia envolve áreas sensíveis do cérebro, como as responsáveis pela fala ou pelo movimento, é possível que o procedimento seja realizado com o paciente acordado, para monitorar funções importantes durante a operação.


Cardiologista responsável pela equipe médica que operou Lula, Roberto Kalil Filho, na coletiva de imprensa divulgada nas redes sociais (Vídeo: reprodução/Instagram/@lulaoficial)


Recuperação e cuidados pós-operatórios

Após a cirurgia, a recuperação exige atenção médica rigorosa. O paciente precisa permanecer internado para monitoramento dos sinais vitais e avaliação neurológica. A mobilização precoce é incentivada para evitar complicações; e cuidados com a cicatrização da incisão são fundamentais para prevenir infecções.

No caso de Lula, “está estável, consciente e não tem sequela” afirma o responsável pela equipe médica, o cardiologista Roberto Kalil Filho, através de boletim médico; e afirma que ele está respondendo bem à cirurgia e segue sendo acompanhado de perto pela equipe médica.

Lula foi submetido a exames após o dono da Amil, o empresário José Seripieri Filho, que também é amigo próximo do presidente; achar seu comportamento estranho. Após uma semana com fortes dores de cabeça, intensificando-se nesta segunda-feira (9),além de sonolência; Lula foi inicialmente atendido em Brasília, onde exames apontaram uma hemorragia intracraniana, decorrente do acidente que sofreu. Em seguida, ele foi transferido para São Paulo, onde passou pelo procedimento.

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