EUA enviam navios à Venezuela e Maduro mobiliza 4,5 milhões de milicianos

O presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou, na terça-feira (19), a mobilização de 4,5 milhões de milicianos armados por todo o território venezuelano, em resposta ao deslocamento de três navios de guerra dos Estados Unidos para a costa do país. A operação militar americana, revelada por fontes da agência Reuters, foi iniciada com o objetivo de […]

20 ago, 2025
Foto destaque: Karoline Leavitt (Reprodução/Instagram/@karolineleavitt)
Foto destaque: Karoline Leavitt (Reprodução/Instagram/@karolineleavitt)
Karoline Leavitt

O presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou, na terça-feira (19), a mobilização de 4,5 milhões de milicianos armados por todo o território venezuelano, em resposta ao deslocamento de três navios de guerra dos Estados Unidos para a costa do país.

A operação militar americana, revelada por fontes da agência Reuters, foi iniciada com o objetivo de combater o tráfico de drogas no sul do Caribe. Diante do que chamou de “ameaça bizarra”, o governo venezuelano reforçou seu aparato defensivo, reacendendo a tensão diplomática com os EUA, que não reconhecem Maduro como presidente legítimo.

Operação militar dos EUA aumenta pressão sobre Maduro

De acordo com informações divulgadas pela Reuters, os navios USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson foram deslocados para o mar do Caribe e devem permanecer na região por meses. Estima-se que cerca de 4.000 militares, incluindo fuzileiros navais, aviões espiões e ao menos um submarino de ataque, tenham sido mobilizados para essa ação, considerada parte da política americana de combate ao narcotráfico internacional.


Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branda (Foto: Reprodução/Anna Moneymaker/Getty Images Embed)


A operação, embora não oficialmente confirmada pelo governo Trump, foi interpretada como um movimento direto contra o regime de Maduro, que já é alvo de sanções econômicas e denúncias criminais nos EUA. Em declaração à imprensa, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, reiterou que “todos os elementos do poder americano” seriam utilizados contra o que chamou de “cartel narcoterrorista liderado por Maduro”.

Venezuela reage com mobilização militar

Em pronunciamento transmitido pela TV estatal, Nicolás Maduro afirmou que a soberania nacional seria defendida a qualquer custo. Para isso, anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos civis armados treinados sob o comando das forças venezuelanas como forma de resistência às ameaças externas. A medida foi apoiada pelo ministro do Interior, Diosdado Cabello, que garantiu que o país está “mobilizado em todo o Caribe” e pronto para agir.

Apesar das tensões, episódios recentes sugerem um possível realinhamento estratégico entre os dois países. Em julho, uma troca de prisioneiros foi realizada, levantando hipóteses sobre uma abertura diplomática. Ainda assim, com a nova movimentação militar, os riscos de conflito e isolamento aumentam, e o clima político permanece instável na região.

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