Os Estados Unidos enviaram o bombardeiro stealth B-2 Spirit, equipado com a poderosa bomba penetrante GBU-57A/B, conhecida como “bunker-buster”, para o Oriente Médio. A arma é a única capaz de atingir profundamente instalações subterrâneas como a central nuclear de Fordow, no Irã.
O envio ocorre enquanto o governo de Donald Trump reforça apoio a Israel por meio de dispositivos militares no Golfo e no Mar Mediterrâneo. A medida, porém, não confirma uso da bomba — apenas põe de prontidão capacidades que Israel não possui.
Modelo de B‑2 Spirit usado para guerra entre Israel e Irã (Foto: reprodução/Who/What/Getty Images Embed)
Por que a GBU‑57A/B é crucial
A GBU‑57A/B é uma munição convencional de 15 toneladas desenvolvida pela Boeing. Seu poder reside na capacidade de penetrar centenas de metros antes de explodir, ideal para destruir estruturas subterrâneas profundamente enterradas como Fordow, construída sob uma montanha perto de Qom.
Israel não tem jatos capazes de transportar esse tipo de bomba, enquanto os EUA controlam totalmente sua distribuição. Assim, apenas o B‑2 da Força Aérea americana pode operá-la com eficácia.
Contexto regional e risco estratégico
O movimento de caças F‑22, F‑35 e porta‑aviões pelos EUA no Golfo acompanha a estratégia americana. Apesar de reforçar a defesa de Israel, ainda não há sinal de uso ativo do B‑2 ou da bomba.
Simulação do B‑2 Spirit com a bomba penetrante GBU‑57A/B (Vídeo: reprodução/Instagram/@flyingtopics)
Analistas advertem, porém, que qualquer ataque a Fordow com essa bomba poderia aumentar significativamente a tensão na região. Mesmo sendo convencional, seu impacto subterrâneo pode gerar tremores, danos ambientais ou riscos radiológicos — embora o risco de explosão nuclear seja considerado baixo.
Com o B‑2 em posição e a GBU‑57A/B disponível, os EUA mostram capacidade singular de intervir em instalações altamente protegidas. Para muitos, é uma demonstração de força; para outros, é uma escalada que pode provocar reação iraniana e reação internacional.