Exército israelense é novamente acusado de matar cidadãos palestinos que buscavam ajuda humanitária

Letícia Guedes Por Letícia Guedes
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Foto Destaque: Exército israelense é novamente acusado de matar cidadãos palestinos que buscavam por ajuda humanitária na Faixa de Gaza (Reprodução/MENAHEM KAHANA/AFP via Getty Images)

Mais um embate envolvendo as tropas do governo de Israel e os cidadãos palestinos que se encontram na região da Faixa de Gaza apresenta notoriedade na mídia . Desta vez, novas vítimas foram feitas durante uma entrega de recursos humanitários ocorrida na noite da última quarta-feira (13) na cidade de Kuwait – na região sul da Gaza. Aparentemente, soldados teriam disparado uma série de tiros contra a população que estava à espera destas cestas básicas.

Relatos de cidadãos que presenciaram o fato

De acordo com informações concedidas para o veículo CNN, um médico do hospital local Al-Shifa chamado Fathi Obaid, alegou que pelo menos sete palestinos vieram a óbito e mais de 80 pessoas ficaram feridas. O centro médico também enfrentou problemas devido a superlotação e falta de equipamentos necessários.

Ainda para a CNN, um paciente que estava presente no hospital, Nimr Abu Atta, afirmou ter sido atingido no estômago por um “tiro de um tanque israelense”.  Nimr explicou que esta região de Kuwait fica bastante povoada nos dias de entrega dos caminhões de ajuda humanitária e que o desespero para buscar os alimentos é sempre grande.

Abu Atta perdeu a mulher no conflito entre Israel e Palestina há dois meses e hoje cuida sozinho dos sete filhos do casal. Ele foi atingido no exato momento em que recolhia um pacote de farinha.

Caso parecido ocorrido no mês passado


Ajuda humanitária em Gaza (Foto: reprodução/Getty Images Embed)


Como mencionado anteriormente, esta não é a primeira vez que os habitantes da Faixa de Gaza mencionam tal violência por parte das tropas israelenses. Em 29 de fevereiro deste ano, durante uma fila de distribuição de recursos básicos, uma multidão foi dispersada com tiros de oficiais de Israel. Mais de 110 pessoas morreram e 700 apresentaram algum tipo de ferimento.

Na época, as autoridades do país justificaram ter agido por “legítima defesa”, além de alegarem que as mortes foram causadas devido ao caos e desorganização das filas de distribuição. No entanto, o Hamas, grupo extremista Palestino, apontou que as tropas inimigas teriam se sentido ameaçadas e, por isso, programaram os disparos. A ONU e os Estados Unidos se disponibilizaram a entender e investigar a fundo sobre o acontecido.

Em relação ao caso mais recente do suposto tiroteio, ainda não houve nenhum pronunciamento oficial das Forças de Defesa de Israel. O impedimento de veículos jornalísticos e outros meios de comunicação à Faixa de Gaza também impossibilita a precisão das informações de maneira imediata.

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