Neste domingo, 22 de junho, um atentado abalou profundamente a comunidade cristã nos arredores de Damasco, na Síria. Um homem-bomba detonou explosivos dentro da Igreja Mar Elias, localizada no bairro de Dweil’a, durante uma cerimônia religiosa que reunia dezenas de fiéis. O trágico episódio ocorreu em um momento de oração, transformando o ambiente de fé e devoção em um cenário de caos, dor e destruição.
Informações da TV Síria
Segundo informações divulgadas pela televisão estatal síria e confirmadas pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede no Reino Unido, o ataque resultou em várias vítimas entre mortos e feridos — estima-se que ao menos 30 pessoas tenham sido atingidas, embora os números exatos ainda estejam sendo apurados. Relatos de testemunhas e veículos de imprensa locais indicam que entre as vítimas há crianças, o que intensifica ainda mais a tragédia.

Este tipo de ataque, um atentado suicida dentro de um local de culto cristão, não era registrado na Síria há vários anos. A ação reacende temores sobre a reativação de células extremistas no país, que ainda enfrenta os impactos de mais de uma década de guerra civil. Apesar de o regime de Ahmad al-Sharaa controlar a capital e tentar estabelecer uma aparência de estabilidade, episódios como esse revelam que a paz na região ainda é frágil e constantemente ameaçada.
Mais sobre a religião
Damasco, que atualmente vive sob um regime islâmico de fato, tem buscado atrair o apoio de comunidades minoritárias como os cristãos, numa tentativa de fortalecer sua base de legitimidade interna. No entanto, ataques como o deste domingo minam esses esforços e expõem a vulnerabilidade da população civil, especialmente em áreas onde minorias religiosas estão concentradas.

A explosão na Igreja Mar Elias não é apenas uma tragédia local, mas também um lembrete cruel de que o extremismo continua a representar uma ameaça real, mesmo em tempos de aparente calmaria. A comunidade internacional, assim como os líderes locais, será desafiada a responder com solidariedade e medidas efetivas para evitar que episódios como este se repitam. Enquanto isso, o povo sírio segue convivendo com o medo e a dor de um conflito que, mesmo quando parece adormecido, ainda não chegou ao fim.