O Ministério Público do Chile abriu uma investigação contra o presidente Gabriel Boric por assédio sexual. A denúncia é o segundo caso envolvendo o presidente. O caso foi aberto em 6 de setembro, mas foi relevado agora em novembro pela Promotoria. De acordo com a investigação, a vítima foi assediada quando Boric tinha 27 anos e tinha completado o curso de Direito na Universidade do Chile.
Defesa do presidente
A defesa de Gabriel Boric negou, nesta segunda-feira (25), que o presidente tenha cometido o assédio sexual.
“O presidente (…) rejeita e desmente categoricamente a denúncia de um suposto fato ocorrido em 2013, quando ele tinha 27 anos e havia acabado de finalizar os estudos de Direito”.
Jonatan Valenzuela, advogado de Boric
A defesa de Boric também afirma que ele nunca teve qualquer relação com a vítima, nem amizade. De acordo com o comunicado da defesa, a única conexão existente seriam, na época, pelo menos 25 e-mails enviados por uma mulher para Boric. No conteúdo das mensagens estavam imagens explícitas.
Como presidente do Chile, Boric possui a imunidade do cargo, sendo que o mandato termina em 2026. Para prosseguir com qualquer julgamento, primeiramente, a corte terá que julgar a imunidade do presidente.
Casos anteriores
O presidente chileno, durante a campanha presidencial em 2021, também foi acusado de assédio. O caso em questão nunca foi investigado criminalmente. O presidente também negou na época que pudesse estar envolvido.
Atualmente, o governo de Boric atravessa uma polêmica, envolvendo o ex-vice-ministro Manuel Monsalve, que foi preso após ser denunciado por abuso sexual e estupro contra uma subordinada. O caso teria ocorrido no dia 22 de setembro e Monsalve renunciou ao cargo no dia 17 de outubro, após o registro da denúncia.
O caso de Monsalve tornou-se polêmico por conta da forma como foi tratado pelo governo de Boric. De acordo com a mídia chilena, o presidente demorou a pedir a saída do governo e falhou ao não ter tido uma reação enérgica no caso.