Segundo integrantes do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, a tentativa de golpe militar ocorrida na Bolívia na ultima quarta-feira (26), pode acabar acelerando a entrada do país no Mercosul.
No próximo dia 8 de julho, uma discussão sobre a entrada da Bolívia deverá ser feita na cúpula do bloco, localizada no Paraguai
Avaliações
O Mercosul adota o termo “cláusula democrática” que impede a participação de governos autoritários no bloco, como é o caso do país. Por esse motivo os membros do Itamaraty avaliam que de um compromisso da Bolívia com a democracia seria simbólica.
O Itamaraty analisa que após a tentativa sem sucesso do golpe, se torna ainda mais importante a visita do presidente Lula a Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, que está agendada para o dia 9 de julho, um dia após a discussão da cúpula.
O órgão brasileiro também ressaltou no entanto, que houve uma resposta de presidentes conservadores como o do Uruguai em defesa da democracia.
“A democracia é um valor fundamental para o Brasil, como reafirmamos ontem ao rechaçar a inaceitável tentativa de golpe de estado na Bolívia” disse nesta quinta o ministro Mauro Vieira durante reunião do Conselho.
Reação do Brasil
O Itamaraty acredita ter deixado claro a mensagem de que o golpismo não será tolerado, assim como não foi quando situações parecidas aconteceram no Brasil.
Esse recado foi importante não apenas por esse motivo, mas também por questões econômicas, já que o Brasil é um grande importador de gás produzido na Bolívia.
Sendo assim a soma dessa reação interna e da postura internacional, o órgão brasileiro acredita conseguir sinalizar que desvios na democracia não são aceitos em nenhuma circunstância.
Além disso, o tema da democracia também deve ser o principal tema a ser abordado na Cúpula do Mercosul que acontece em Assunção no próximo mês.