Golpistas abortaram sequestro de Alexandre de Moraes em 2022 após adiamento de uma votação no STF, aponta PF

Ação fazia parte de planos golpistas, que seriam executados em dezembro de 2022, para impedir a posse de Lula e Alckmin

Joao Gustavo O. Silva Por Joao Gustavo O. Silva
Foto destaque: PF indica que Alexandre de Moraes foi alvo de tentativa de sequestro (Foto: reprodução/ X/ @vinicios_betiol)

A Polícia Federal revelou, nesta terça-feira (19), detalhes de atos golpistas, que tinham como objetivo promover um golpe de Estado no Brasil, após o resultado das eleições de 2022. Os planos incluíam sequestro e homicídio dos representantes eleitos e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O plano de sequestro de Moraes estava previsto para após a votação sobre o orçamento secreto, mas, esta que foi adiada.

Operação ‘Copa 2022’

Os autores do ato estavam se comunicando com codinomes. Em conversas divulgadas pela PF, eram usados nomes de países que disputavam a Copa do Mundo de 2022.

Em 15 de dezembro de 2022, supostamente, o grupo estaria posicionado para sequestrar Alexandre de Moraes.

“As mensagens trocadas entre os integrantes do grupo ‘copa 2022’ demonstram que os investigados estavam em campo, divididos em locais específicos para, possivelmente, executar ações com o objetivo de prender o ministro Alexandre de Moraes”

Polícia Federal


Grupo que pretendia sequestrar Alexandre de Moraes estava posicionado (Foto: reprodução/ X/ @alincaaz)

A operação foi abortada, após um integrante do grupo compartilhar a informação de que a votação tinha sido adiada no STF. O motivo exato que fez o plano ser abortado ainda não foi esclarecido.

Investigação

A Polícia Federal surpreendeu o país, nesta terça-feira (19), ao deflagrar prisões que estariam ligadas a uma suposta tentativa de golpe de Estado, atrelado ao resultado das eleições presidenciais de 2022. A operação foi apelidada de “Contragolpe”.

Foram 5 prisões que envolvem integrantes de um grupo de elite do Exército Brasileiro, os ‘kids pretos’. Entre os presos estão: Mario Fernandes, militar da reserva e ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Jair Bolsonaro (PL); Rodrigo Bezerra Azevedo, major; Rafael Martins de Oliveira (Joe), major; e Wladimir Matos Soares, agente da PF.

Os militares envolvidos, de acordo com a PF, possuem perfil altamente tático e tinham experiência com operações especiais e sigilosas. Os integrantes tinham um documento com a avaliação do plano, no qual consideravam a taxa de sucesso como sendo de “média para alta”.

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