Governo Federal investiga irregularidades em metade dos pedidos de Auxílio Reconstrução

Ruan Santos Por Ruan Santos
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Foto Destaque: Governo Federal na criação do Auxilio Reconstrução (reprodução/Joaquim Moura/Ascom/Ministério da Reconstrução)

Nesta sexta (12), o Jornal Nacional revelou informações sobre o relatório do governo federal sobre os pedidos de Auxílio Reconstrução depois das enchentes que ocorreram no Rio Grande do Sul. Cerca de 300 mil pedidos estão em processo de investigação por suspeita de irregularidade. 

Relatório do Governo

Das mais de 600 mil solicitações do benefício, praticamente metade caiu na malha fina, ou seja, com o valor retido. O mesmo relatório menciona que 150 mil pessoas não vivem em áreas afetadas pelas enchentes; 2,7 solicitaram o auxílio em mais de uma localidade e 152 mil não confirmaram seu endereço. 

De acordo com o ministro da Secretaria de Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, uma pessoa não pode cadastrar mais de uma família no mesmo endereço. O governo tem acesso aos dados do Censo e de contas de luz e d’agua para confirmar a veracidade das informações divulgadas, Pimenta também confirmou que os casos suspeitos estão em análise e ainda não tiveram os valores liberados. 


Paulo Pimenta
Paulo Pimenta junto ao presidente Lula (Foto: reprodução/Joédson Alves/Agência Brasil)

“Se a pessoa não comprovar, através de um documento público, que aquele endereço é o endereço onde ela efetivamente reside, ela não recebe”. Explicou o ministro. 

Auxilio Reconstrução

Instituído em maio desde ano, o Auxílio Reconstrução foi criado para ajudar os habitantes do estado do Rio Grande Sul que foram afetados pelas enchentes, municípios como Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande foram transbordados. 

Com o valor de R$ 5,1 mil, o Auxílio busca dar assistência as famílias afetadas pela tragédia que ocorreu na região. Porém, golpistas utilizaram nomes de mais de 1,2 mil moradores mortos para obter o benefício. 


Enchentes
Enchentes no Rio Grande do Sul (Foto: reprodução/Carlos Fabal/AFP)

“É lamentável que, em uma situação como essa, a gente tenha que enfrentar essa tentativa de fraude, que é tirar o dinheiro das pessoas que mais precisam na hora que elas mais precisam’’. Continuou Pimenta. 

Um dos casos de fraude foi feito por Junior Cechinel, ele teria alegado morar em uma casa que possui outro dono, e, conforme a Polícia Penal do Rio Grande, até o dia 28 de maio (período das enchentes), ele estava em um presidio em Osorio, localizado no litoral norte do estado, após ser preso por furto. 

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