Kristi Noem, secretária do Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS), informou nesta quinta-feira (16) que a Universidade Harvard terá seu “Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio (SEVP)” cancelado.
A medida será adotada caso a Universidade não apresente relatório detalhado sobre as atividades de estudantes que participam de manifestações consideradas pelo governo como “violentas e ilegais”,
Por meio de uma carta oficial enviada à Universidade, Noem exige que as informações solicitadas devem ser entregues ao DHS até 30 de abril (2025). Havendo recusa por parte da Instituição de Ensino, Harvard, perderá a permissão para matricular estudantes estrangeiros imediatamente.
Além da revogação, Kristi Noem também informou o cancelamento de subsídios educacionais destinados à Harvard no valor de US$ 2,7 milhões de dólares. Os valores eram referentes a programas de Implementação Científica de combate à violência.
O presidente Donald Trump, na última terça-feira (16), já havia congelado subsídios federais destinados à Harvard no valor de US$ 2,2 bilhões de dólares, pretendendo retirar a condição de “isenção fiscal” da Universidade.
Motivo das exigências
Para Noem, a Instituição possui ideologias extremistas ensinadas no Campus da Universidade e em suas salas de aula a favor de grupos considerados pelos EUA como terroristas.
“Harvard se curvando ao antissemitismo — impulsionada por sua liderança covarde — alimenta uma fossa de revoltas extremistas e ameaça nossa segurança nacional.” Kristi Noem
Ainda, segundo a secretária do Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS), Harvard deixou de ser uma Universidade de ponta e, por esse motivo, não está apta a receber o dinheiro dos contribuintes.
Por meio de suas redes sociais, o presidente Donald Trump também tem se posicionado contra às políticas adotadas pela Instituição. Em declaração, Trump diz que Harvard “perdeu o rumo” contratando professores alinhados à cultura “woke”, ensinando “ódio e estupidez” aos alunos.
Harvard se posiciona
A Universidade fez declarações públicas de que cumprirá as exigências do governo de Donald Trump. No entanto, enfatiza que não renunciará à sua independência respaldada pela Constituição Federal dos EUA. Para Alan Garber, presidente da Instituição, governos não podem determinar o que pode ou não ser ensinado dentro das universidades privadas.
Sobre as últimas exigências do Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) e o cancelamento de bolsas de estudos, até a manhã desta quinta-feira (17), não havia posicionamento oficial da Universidade sobre o assunto.