O governo da Venezuela diminuiu a jornada de trabalho do serviço público. O expediente, que antes era de 40 horas semanais, agora passa para somente 13,5 horas. Isso significa que os funcionários trabalharão três vezes na semana, das 8h às 12h30. A medida foi tomada, conforme as autoridades, devido à emergência climática que causa a redução dos reservatórios andinos, essenciais para a produção de eletricidade. A ideia da norma está em fazer a população trabalhar menos para economizar água, já que há uma escassez de recursos hídricos na Venezuela.
A medida entrou em vigor nesta segunda-feira (24), e o Ministério da Energia Elétrica da Venezuela informou que se estenderá pelas próximas seis semanas, com possibilidade de renovação. As instituições governamentais venezuelanas reduziram o seu horário de expediente. Isso engloba funcionários das instituições públicas, incluindo os gabinetes dos presidentes de câmara, gabinetes dos governadores, ministérios e os ramos do governo. Também foi implementado um regime de trabalho “1×1”, que se baseia em um dia de trabalho seguido por um dia de folga.


Especialistas
De acordo com apuração do g1, especialistas relacionam a crise no setor à negligência, corrupção e falta de investimentos. “O governo sempre usa desculpas grosseiras como causas meteorológicas e zoológicas e sabotagens sem sabotadores”, afirmou o especialista em setor de energia José Aguilar.
Problema antigo
O governo venezuelano incentivou a população a apoiar as medidas. Ajustar a temperatura do ar-condicionado para 23 °C, aproveitar a luz natural e desligar equipamentos eletrônicos quando não estiverem em uso são algumas das recomendações do país.


Os problemas relacionados à escassez de eletricidade não são novidades na Venezuela. Em agosto de 2024, o país teve seu apagão mais longo desde 2019, quando passou por vários dias sem energia graças a um defeito no sistema elétrico que afetou todo o país.