O governo chinês anunciou, nesta sexta-feira (11), o aumento das tarifas sobre os produtos que chegam dos Estados Unidos, passando de 84% para 125%. Essa decisão seria uma represália às tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.
Desde o anúncio feito pelo governo americano ao divulgar o “tarifaço”, aplicando à China uma porcentagem superior à dos demais países, o país asiático vem elevando a tributação sobre os produtos importados dos Estados Unidos como resposta às medidas americanas. Essa escalada está intensificando a tensão entre as duas maiores potências econômicas, o que tem gerado preocupação no mercado financeiro.
Guerra comercial
No dia 2 de abril, o presidente dos Estados Unidos anunciou seu projeto de “tarifas recíprocas”, que previa a taxação de produtos de 180 países. No entanto, a China recebeu um tratamento diferenciado. Enquanto os outros países enfrentaram aumentos gerais, os produtos chineses já haviam sido taxados em 10% em fevereiro pela Casa Branca. Esse percentual se somou a uma tarifa anterior já vigente. Assim, na quarta-feira, 2 de abril, a China passou a enfrentar uma cobrança adicional de 34%, totalizando uma tarifa de 54% sobre suas mercadorias.
Após a iniciativa dos Estados Unidos, o líder chinês resolveu reagir à ação americana e impôs tarifas de 34% sobre os EUA. Contudo, insatisfeita com a atitude da China, Washington aumentou novamente o valor da taxação, adicionando mais 50% sobre as importações chinesas, elevando a tarifa para o patamar de 104%.
Em resposta aos valores estabelecidos por Donald Trump, Pequim aumentou as tarifas sobre os EUA para 84%, o que provocou uma nova reação de Washington, que decidiu elevar a taxação para 125% contra os chineses. Com esse acréscimo somado à porcentagem anterior, o total chegou a 145%.
Foto destaque: presidente Donald Trump exibe gráfico de tarifa durante o “Make America Wealthy Again” (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)
TikTok
Essa disputa tarifária entre os dois países afetou as negociações sobre a venda do aplicativo TikTok, que previa a transferência de 50% da plataforma para empresários americanos, sob pena de ser banida dos Estados Unidos. No entanto, devido aos conflitos entre China e EUA, a negociação foi suspensa até que a situação entre Washington e Pequim seja resolvida.