Nesta semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, revelou ter ficado frustrado após uma conversa com Vladimir Putin sobre a guerra na Ucrânia. Segundo Trump, o diálogo entre eles ocorreu na quinta-feira (3), pelo telefone.
“Fiquei muito decepcionado com a conversa que tive hoje com o presidente Putin e não acho que ele esteja pensando em parar”.
Ele também afirmou que pretende entrar em contato, nesta sexta, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy.
Nesse mesmo dia, o republicano já tinha comentado sobre o telefonema e a conversa que teve com Putin sobre o fim da guerra, mas admitiu que não conseguiram entrar em um acordo.
Os ataques russos continuam
Logo após a ligação de Trump ao representante russo, conforme as informações das forças armadas ucranianas, os bombardeios russos deixaram ao menos 14 pessoas feridas, além de destruírem uma base ferroviária e provocarem um incêndio em carros e nas residências na cidade de Kiev.
De acordo com o prefeito da cidade, Vitali Klitschko, que utilizou o Telegram para informar sobre os ataques, comentou que, das 14 pessoas que ficaram feridas, 12 precisaram ser hospitalizadas.
Klitschko também escreveu que os destroços dos drones que caíram nos locais incendiaram um dos hospitais da cidade localizado no distrito de Holosiivskyi.
As forças aéreas ucranianas relataram que o país russo lançou, ao todo, 539 drones e 11 mísseis, e que 270 drones e dois mísseis foram abatidos. O presidente falou que o ataque recente foi, de fato, o maior de todos e o mais cruel também.
No entanto, do outro lado do conflito, o governo russo alegou 48 drones arremessados pela Ucrânia foram destruídos.
Vladimir Putin Presidente da Rússia (Foto: reprodução/ GAVRIIL GRIGOROV/POOL/AFP/Getty Images Embed)
3 anos do conflito
O conflito, que já completou 3 anos, tem gerado preocupações em várias partes do mundo. Devido à guerra, segundo dados publicado pela ACNUR, cerca de 10,6 milhões de civis se deslocaram de forma forçada. Desses, 3,7 milhões se deslocaram para outras regiões do país, para tentar fugir do conflito, que, até o momento, vem atingindo algumas cidades. Já 6,8 milhões resolveram buscar abrigo em outros países do continente europeu.

Vale lembrar que o Brasil também foi um dos países que abrigaram esses refugiados. Com uma data prevista para permanecer no país por 1 ano, um programa global, Kingdom Partnerships Network (GKPN), uma rede internacional composta por 105 mil igrejas de 108 países, trouxe 270 ucranianos ao Brasil e 35 deles foram encaminhados para São José dos Campos, interior de São Paulo.
Atualmente, um terço dos cidadãos que ainda moram no país necessitam de ajudas humanitárias e sonham, um dia, poder retornar às suas vidas.
Mesmo com tentativas de diálogo no campo político, a realidade nas ruas ucranianas segue marcada por sirenes, destruição e a esperança de um fim que ainda parece distante.