Hamas se mostra disposto a cooperar com cessar-fogo aprovado pela ONU

Adriane Paiva Por Adriane Paiva
3 min de leitura
Foto destaque: palestino de bicicleta em região de Gaza bombardeada por ataques aéreos de Israel em 7 de março de 2024 (Reprodução/ MOHAMMED ABED/AFP via Getty Images)

A aprovação do acordo de cessar-fogo imediato feita pelo Conselho de Segurança da ONU nesta segunda-feira (25), fez o grupo islâmico Hamas celebrar a votação do documento. Segundo a CNN, Hamas e expressou sua vontade de iniciar o processo de troca de reféns pelos prisioneiros palestinos imediatamente. O grupo indicou também a vontade de ter um cessar-fogo permanente que retire todos os soldados israelenses da região da Faixa de Gaza. 


Votação do Conselho de Segurança da ONU na cidade de Nova York nos EUA (Foto: reprodução/ John Lamparski/Getty Images – Embed) 


A votação ocorreu em meio a tensão de uma possível intervenção militar israelense em Rafah, que fica no sul da Gaza, onde se encontra milhares de palestinos refugiados e segundo Israel, seria o refúgio de Hamas. 

No relatório aprovado nesta segunda, além da exigência do cessar-fogo, estava também a condição de libertar todos os reféns que continuam no controle de Hamas e a urgência de ampliar o fluxo de ajuda humanitária aos residentes da Faixa de Gaza. O documento foi aprovado com quase unanimidade do conselho que conta com 15 membros permanentes. Apenas os Estados Unidos se abstiveram da votação.  

Relação EUA e Israel 

Após o resultado positivo da reunião do conselho, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, cancelou sua viagem para Washington, para resolver sobre os próximos passos em relação à guerra em Gaza. Segundo o CNN, o porta-voz da Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, disse estar desapontado com a decisão do ministro, mas deixou claro que não há mudança de posição em relação à abstenção no Conselho de Segurança da ONU. 

Números preocupantes em Gaza 

O Ministério da Saúde de Gaza, disse nesta segunda-feira (25), que mais de 32 mil palestinos foram mortos por militares israelenses, sem contar os que não foram encontrados entre os escombros. Em seis meses de guerra, pelo menos meio milhão de pessoas estão vivendo em condições de fome extrema na região da Gaza, devido à falta de ajuda humanitária, informações da ONU. 

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Estudante de Jornalismo, apaixonada por leituras e cultura pop
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