Hospital pediátrico em Kiev é atacado por bombardeio russo

Bruna Araújo Por Bruna Araújo
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Foto Destaque: hospital pediátrico Ohmatdyt após bombardeio em Kiev (Reprodução/Reuters/Gleb Garanich)

A Rússia voltou a atacar Kiev nesta segunda-feira (8), com um lançamento de mísseis acusado como o pior desde o início da guerra. O ataque causou a morte de mais de 30 pessoas e atingiu parte do maior hospital pediátrico da cidade, o Ohmatdyt, segundo as autoridades locais. As imagens divulgadas demonstram uma das faixadas completamente caídas e as autoridades relataram que crianças fazem parte da lista de mortos. 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que existem pessoas ainda presas sob os escombros do prédio. “Há pessoas sob os escombros e ainda não sabemos o número exato de vítimas. No momento, todos estão ajudando a retirar os escombros, tanto médicos como os cidadãos comuns“, relatou o presidente.


Hospital pediátrico Ohmatdyt de Kiev após bombardeio (Foto: reprodução/Reuters/Gleb Garanich)

Ataque à Kiev

O prefeito de Kiev apontou que este foi um dos piores ataques à cidade desde o início da guerra, há mais de dois anos. A Rússia disparou mais de 40 mísseis contra a capital, segundo o prefeito. 

Outras cidades também foram alvejadas, do centro e do leste do país, como Dnipro, Sloviansk, Kramatorsk e Kryvyi Rih. Os mísseis atingiram também três subestações de energia elétrica da cidade, informou a DTEK, operadora local. 

Ainda nesta manhã, a Rússia se pronunciou negando ter atingido alvos civis. O Ministério da Defesa russo ressaltou ter atacado apenas bases aéreas militares em território ucraniano. 

Resultado das outras cidades atingidas

A cidade-natal de Zelensky, a Kryvyi Rih, no centro do país, foi vítima do bombardeio que resultou em dez mortos. Outras 30 pessoas ficaram feridas, conforme o prefeito local. Em Dnipro, um arranha-céu e uma empresa foram danificados, afirmou Sergei Lysak, governador de Dnipropetrovsk.

A região de Donetsk, no leste da Ucrânia, onde as forças russas avançaram nas últimas semanas, cerca de três pessoas foram mortas na cidade de Pokrovsk, uma cidade que antes da guerra havia quase 60 mil habitantes. 

Zelensky irá para Washington nesta semana, nos EUA, para participar de uma cúpula da Otan. Ele insiste para que aliados enviem mais sistemas de defesa antiaérea à Ucrânia, a fim de melhorar a situação do país que está sendo devastado por mais de dois anos de guerra. 

“A Rússia não pode afirmar que ignora por onde voam os seus mísseis e deve prestar contas por todos os seus crimes“, enfatizou o presidente da Ucrânia nas redes sociais.

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