Nesta quarta-feira (7), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou uma nova edição do mapa-múndi, desta vez com o Brasil posicionado no centro da imagem. A representação, conhecida como “mapa invertido”, propõe uma nova perspectiva geográfica ao destacar o papel do hemisfério sul. O material dá visibilidade especial aos países que compõem os blocos Brics e Mercosul, além das nações lusófonas e das áreas abrangidas pelo bioma amazônico.
Mapa invertido
A nova versão também marca cidades brasileiras que ganham destaque no cenário internacional. Entre elas, o Rio de Janeiro é identificado como capital do BRICS; Belém, como anfitriã da COP30; e o estado do Ceará, por sediar o Triplo Fórum Internacional da Governança do Sul Global.
Com o novo mapa, o Brasil e seus parceiros de blocos como o Mercosul e o BRICS ganham destaque, reforçando seu papel de liderança nas discussões internacionais.
Também estão evidenciadas regiões de língua portuguesa e áreas da floresta Amazônica, sublinhando aspectos culturais e ambientais relevantes para a geopolítica atual.
A iniciativa, segundo o instituto, visa incentivar a reflexão sobre o papel estratégico dos países do sul global no cenário internacional, especialmente em temas como mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável.
Nas redes sociais, o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, afirmou que a nova representação busca evidenciar o protagonismo brasileiro em espaços como o BRICS, o Mercosul e a COP30, que será realizada em Belém, no Pará, em novembro de 2025.
Durante o encontro, que reunirá líderes mundiais, o Brasil deve defender pautas ambientais prioritárias, como a proteção da Amazônia e dos povos indígenas, além de promover acordos que envolvem sustentabilidade e cooperação internacional.
COP30
Marcada para novembro deste ano, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) será realizada em Belém, no estado do Pará.
O evento reunirá representantes de diversos países para tratar de ações urgentes diante do agravamento da crise climática no planeta.
Entre os principais temas da conferência está a implementação do Acordo de Paris, assinado em 2015, que prevê limitar o aquecimento global a no máximo 2 °C até o final do século, meta considerada crucial para evitar catástrofes ambientais ainda mais severas.
Para atingir esse objetivo, especialistas apontam a necessidade de ampliar os recursos destinados à preservação ambiental, sobretudo nos países em desenvolvimento.
A proposta é que o financiamento internacional voltado à sustentabilidade alcance a marca de até 1 trilhão de dólares por ano.
Esse volume de investimento é visto como essencial para promover uma transição justa e efetiva rumo a uma economia de baixo carbono, com maior proteção aos ecossistemas e apoio às populações mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas.