Incêndio na Blue Zone da COP 30 aumenta tensão entre ONU e governo brasileiro

Investigação da PF aponta entrada irregular de micro-ondas como principal causa do incêndio e intensifica disputa por responsabilidade dentro do evento internacional

21 nov, 2025
Incêndio antigiu pavilhão da COP30 e causa tumulto generalizado | Reprodução/Getty Images Embed/Wagner Meier
Incêndio antigiu pavilhão da COP30 e causa tumulto generalizado | Reprodução/Getty Images Embed/Wagner Meier

A Polícia Federal iniciou uma investigação para descobrir o que causou o incêndio na blue zone da COP 30, em Belém. Os peritos já fizeram uma primeira análise no local, e uma perícia completa deve ser realizada nesta sexta-feira. Policiais também vão ouvir pessoas que estavam no pavilhão atingido e nos espaços ao lado.

Uma das hipóteses mais fortes é que o fogo começou por causa de um micro-ondas que não era compatível com a rede elétrica instalada no evento. Esse aparelho teria provocado um curto-circuito. A PF quer entender como esse micro-ondas entrou na área, já que o acesso é restrito e controlado.

Incêndio não tem relação com estrutura da COP30

Fontes informaram à CNN que, na semana anterior, um equipamento parecido foi colocado no pavilhão chinês, mas retirado depois. Se essa hipótese se confirmar, o incêndio não teria relação com falhas de construção ou problemas estruturais do espaço.

O caso aumentou o clima de tensão entre a ONU e o governo brasileiro. Isso porque a triagem para entrar na blue zone é feita pela própria ONU, que teria permitido que representantes do pavilhão da Comunidade da África Oriental entrassem com o aparelho suspeito. Outra possibilidade analisada é que uma falha em um gerador possa ter iniciado o fogo.


Alguns acordou foram oficializados fora do espaço da COP 30 (Foto: reprodução/X/@BelemNoticiass)


Governo entra em discussão com a ONU

Para integrantes do governo, a ONU estaria agindo de forma precipitada ao sugerir que o incidente é responsabilidade do Brasil, o que teria aumentado o desgaste entre as partes. Por isso, a Polícia Federal tomou a iniciativa de abrir rapidamente uma investigação preliminar.

No momento, a principal linha de apuração continua sendo a entrada do micro-ondas que não deveria estar na área. O governo acredita que as investigações vão mostrar que o problema não está no projeto do local, mas sim em uma falha na fiscalização da ONU.

Mais notícias