A partir de maio de 2025, estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental e da 1ª série do Ensino Médio da rede estadual de São Paulo passam a contar com o auxílio de uma inteligência artificial (IA) na correção de atividades escolares. A iniciativa foi implementada na ferramenta TarefaSP, desenvolvida pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), com o objetivo de melhorar o engajamento dos alunos e otimizar o tempo dos professores.
O projeto-piloto prevê que 5% das questões dissertativas sejam corrigidas automaticamente pelo assistente virtual. A ferramenta TarefaSP, utilizada por cerca de 2,5 milhões de alunos, foi criada para facilitar a realização de tarefas de casa e agora passa a incluir correções feitas por IA, com foco inicial em disciplinas como Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Química, Física, Geografia e História.
Correção com apoio da IA beneficia alunos e professores
Com a adoção da inteligência artificial na TarefaSP, os professores podem ampliar o número de atividades dissertativas propostas sem que a correção aumente sua carga de trabalho. As respostas dos estudantes são analisadas com base em modelos criados por especialistas da Seduc-SP e recebem uma avaliação automática que indica se a resposta está correta, parcialmente correta ou incorreta. A IA também fornece uma breve explicação para justificar o comentário.

De acordo com o secretário da Educação, Renato Feder, a tecnologia contribui para um maior esforço dos estudantes e permite que os professores concentrem seu tempo no que realmente importa: ensinar. Além disso, os docentes podem revisar as respostas corrigidas e adicionar observações, mantendo a interação pedagógica mesmo com o uso da IA.
Projeto ainda está em fase de testes
Apesar do avanço tecnológico, o uso da IA ainda está restrito a uma pequena parte das atividades e não tem impacto direto na nota dos alunos. A ideia é observar os resultados e, se for bem-sucedido, expandir o uso da tecnologia nos próximos anos.
A ferramenta TarefaSP foi implantada em 2023 e, desde então, tem sido utilizada como um apoio às aulas presenciais. As atividades são baseadas nos conteúdos lecionados em sala, o que garante maior alinhamento entre ensino e prática.