Invasão ao Parlamento do Quênia: irmã de Barack Obama participa de manifestação

Marcela Pacheco Martin Por Marcela Pacheco Martin
2 min de leitura
Foto destaque: Manifestação no Quênia (Reprodução/ Gerald Anderson/Anadolu/ Getty Images embed)

Nesta terça-feira (25) aconteceu um protesto em Nairobi, Quênia, contra o aumento de impostos. Um grupo de manifestantes invadiu o Parlamento do Quênia, após enfrentamento entre a polícia e manifestantes dez pessoas morreram. De acordo com testemunhas da agência de notícias Reuters, manifestantes atearam fogo no hall de entrada do Parlamento.

A ativista queniana, Auma Obama, participou das manifestações. Ela é irmã, por parte de pai, do ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama e relatou à rede CNN Internacional que foi atingida com gás lacrimogêneo por policiais locais.


Auma Obama em manifestação (Foto: Reprodução/Instagram/@aumaobama)

“Queremos fechar o Parlamento, e todos os deputados deveriam renunciar”, disse Davis Tafari, manifestante que tentava entrar no Parlamento, à Reuters. Protestos e confrontos ocorreram em diversas outras cidades do país.

O governo queniano

Segundo a imprensa local, o presidente William Ruto deve anunciar estado de emergência no país e colocar o Exército nas ruas.

A crise econômica do país vem de diversos fatores, entre eles: a pandemia do COVID-19, uma seca histórica e a guerra entre Rússia e Ucrânia. A dívida já chega a consumir mais de um terço da receita do país; devido a tal situação o governo vem tentando recolher mais impostos.


Presidente do Quênia, William Ruto (Foto: reprodução/Getty Images embed)


O Parlamento aprovou o projeto de lei financeiro, que ainda passará por uma terceira leitura pelos legisladores. A lei financeira visa angariar mais US$2,7 bilhões (cerca de R$14,6 bilhões) em impostos; os juros das dívidas chegam a consumir 37% das receitas anuais.

O governo já cedeu em alguns pontos, prometendo eliminar os novos impostos sobre o pão, o óleo, a propriedade de automóveis e as transações financeiras, mas não foi o suficiente para os manifestantes.

Consequências desta terça (25)

Segundo a Amnesty Kenya, cinco pessoas morreram, trinta e uma ficaram feridas, treze destas sendo por arma de fogo. Na capital, dois manifestantes foram mortos e duzentas pessoas ficaram feridas. Mais de trezentas pessoas foram presas.

“Ler é viver mil vidas diferentes em uma única existência.” - André William Segalla Cursando jornalismo na Universidade Metodista de São Paulo com previsão de formação em dezembro de 2025, moradora do litoral paulista, com 24 anos, estagiando como redatora no IN Magazine e dirigindo uma escola de cursos.
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