O Irã realizou um ataque retaliatório contra Israel na madrugada deste domingo (22), horário local. De acordo com informações do Serviço Nacional de Emergência Médica e Desastres de Israel (MDA), pelo menos 23 pessoas ficaram feridas. As cidades alvos dos bombardeios foram Tel Aviv e Ness Ziona, no centro de Israel, que tiveram prédios residenciais atingidos.
Novos alertas
No início da ofensiva, as Forças de Defesa israelenses (IDF) emitiram um alerta à população do país para se protegerem em abrigos devido ao novo ataque. Conforme declarou a IDF, a maioria dos mísseis lançados pelo Irã foram interceptados. Em resposta, as forças aéreas israelenses contra-atacaram destruindo instalações militares iranianas nas regiões de Yazd, Isfahan, Ahvaz e Bushehr.
Conforme informou o IDF, a Força Aérea e a Marinha israelenses estão trabalhando conjuntamente com as demais autoridades militares do país para bloquear os ataques iranianos. Segundo declaração, na última madrugada, horário local, foram interceptados “30 veículos aéreos não tripulados lançados em direção ao território israelense”. Ao todo, desde a operação conjunta entre as forças de defesa, foram interceptados 500 mísseis vindos do Irã.
Posicionamento da ONU
Após os ataques dos EUA contra instalações nucleares iranianas, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, fez um apelo para um cessar-fogo na região. Alertando que os Estados-Membros devem seguir as diretrizes estabelecidas pela Organização. Em sua fala, Guterres pede “para que reduzam a tensão e cumpram suas obrigações sob a Carta da ONU e outras normas do direito internacional.” Israel e os EUA são acusados pela comunidade internacional de promover violações das normas e por não respeitar a soberania iraniana.
Para António Guterres a escalada do conflito no Oriente Médio entra em um momento delicado e a diplomacia deve ser utilizada para evitar uma “espiral de caos” na região. Além de Guterres, altos funcionários da ONU, demais organizações multilaterais e autoridades de grandes potências mundiais também demonstraram preocupação com o envolvimento do governo de Donald Trump no conflito entre Israel e Irã.
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, disse não haver sinais de vazamentos de radiação até o momento e continuará monitorando a situação de perto. Contudo, Grossi convocou uma reunião de emergência para a próxima segunda-feira (23), junto ao Conselho de Diretores da AIEA para realizar avaliações adicionais nas instalações.