Israel aumentou os bombardeios na Faixa de Gaza nesta semana. Segundo a Defesa Civil, os ataques ocorreram entre terça-feira (13) e quarta-feira (14), e ao menos 80 pessoas foram mortas, entre elas 22 crianças.
O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo grupo Hamas, divulgou nesta quarta-feira, às 7h da manhã, pelo horário de Brasília, que há 70 mortos. No entanto, revelou que há vítimas sob os escombros e nas ruas que ainda não receberam atendimento. Também foi comunicado que mais de cem pessoas ficaram feridas devido aos bombardeios ocorridos nas últimas horas.
Ainda de acordo com os médicos, a maioria dos feridos são crianças e mulheres, que faleceram em decorrência dos ataques aéreos israelenses registrados recentemente na região de Jabalia, no norte de Gaza.
Falas polêmicas do primeiro-ministro israelense
Após a libertação do refém americano-israelense Edan Alexander — que estava sob domínio do grupo terrorista desde outubro de 2023 — o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, revelou que seu exército “completará a ofensiva” para combater o Hamas com “força total”.
Até o momento, o exército israelense não se pronunciou sobre os ataques aéreos ocorridos nesta quarta-feira. Além das explosões de quarta, os bombardeios aéreos de terça-feira atingiram o Hospital Europeu em Khan Younis, no sul da Palestina. Conforme as informações, 16 pessoas foram mortas e mais de 70 ficaram feridas. As artilharias foram ouvidas na mesma região. Segundo as forças militares, os ataques tinham como alvo um “centro de comando do Hamas” que ficaria embaixo do hospital. Porém, as alegações foram desmentidas pelo grupo.
Benjamin Netanyahu conversando com o jovem que foi libertado pelo Hamas (Foto: reprodução/x/@netanyahu)
Benjamin Netanyahu
Por meio de um vídeo publicado no Telegram, Benjamin Netanyahu garantiu que, nos próximos dias, as forças armadas entrarão em Gaza “com toda a força”, mesmo que o grupo terrorista liberte novos reféns.
“Nos próximos dias, entraremos com todas as nossas forças para completar a ofensiva e subjugar o Hamas. O Hamas pode dizer: ‘Chega! Queremos libertar mais dez’. Ok, tragam-nos. Nós os capturaremos e então entraremos. Mas não haverá como impedir a guerra. Podemos fazer um cessar-fogo por um tempo determinado, mas iremos até o fim”, revelou.
Após libertar o refém americano-israelense, o Hamas informou que está de acordo com um cessar-fogo abrangente. Mas o premiê comentou que não permitiu o cessar-fogo nem a troca de detentos para libertar o jovem americano. O grupo afirmou que só autorizou o retorno de Edan Alexander como forma de apaziguar a relação, devido à influência do presidente dos Estados Unidos, e solicitou que o governo americano continuasse com suas medidas para acabar com a guerra.
No entanto, em razão das últimas declarações de Benjamin Netanyahu, os esforços para um possível cessar-fogo frustram as medidas de negociação que vêm sendo realizadas pelas autoridades mundiais.
Minutos antes de publicar o vídeo, o primeiro-ministro compartilhou, em sua conta na rede social X (antigo Twitter), a conversa entre ele e o jovem Edan Alexander, que ficou um ano como refém do grupo Hamas.