Bombardeios entre Israel e Irã, no terceiro dia de conflito, deixaram mortos, feridos e instalações nucleares comprometidas. A escalada preocupa a comunidade internacional.
No sábado (14), mísseis lançados pelo Irã atingiram cidades israelenses e deixaram três mortos e mais de 80 feridos. No dia seguinte, Israel confirmou outras cinco mortes em decorrência dos ataques. O Irã, por sua vez, relatou 60 mortos, entre eles 20 crianças, após um bombardeio em um prédio residencial na capital Teerã.
Mortes em ambos os lados e retórica de guerra
Os ataques israelenses também miraram o complexo nuclear de Isfahan. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), quatro instalações foram danificadas, mas sem risco imediato de contaminação. Além disso, depósitos de petróleo em Shahran e o Ministério da Defesa do Irã também foram atingidos.
Programa nuclear, ameaças globais e ataques coordenados
O Irã suspendeu negociações nucleares e alertou potências ocidentais: se Estados Unidos, Reino Unido e França apoiarem Israel, suas bases militares serão alvos. O país acusou a AIEA de vazar informações confidenciais e ameaçou impedir futuras inspeções.
Em discurso, o premiê Benjamin Netanyahu declarou que Israel atingiu instalações estratégicas do Irã e ameaçou novos ataques. Afirmou que caças israelenses eliminaram baterias antiaéreas iranianas, abrindo caminho até Teerã.
Irã lança ataques retaliatórios contra Israel, em Tel Aviv (Foto: Saeed Qaq/Getty Images Embed)
Israel também anunciou a morte de importantes cientistas e generais iranianos, como Hossein Salami e Mohammad Bagheri. O Irã classificou os ataques como declaração de guerra. O aiatolá Khamenei prometeu resposta: “Israel enfrentará um destino amargo”.
Aliados se distanciam: Israel enfrenta pressão e ameaça de sanções
Diante disso, França, Reino Unido e Canadá exigem que Israel encerre as ofensivas em Gaza, sob risco de sanções. Ainda, a União Europeia reavalia acordos comerciais e sinaliza restrições econômicas. A tensão marca um afastamento inédito de parceiros tradicionais diante da prolongada guerra e de violações humanitárias.