O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, avisou nesta terça-feira (11) que o cessar-fogo pode acabar, caso o Hamas não liberte os reféns que ainda estão na Faixa de Gaza, até sábado (15). O prazo final é meio-dia no horário local (7h em Brasília), o que torna a situação cada vez mais tensa.
Exército israelense pronto para agir
Netanyahu afirmou que os soldados já estão preparados para voltar a atacar, se o Hamas não cumprir o acordo. “Se os reféns não forem soltos até o prazo, vamos retomar os combates até derrotarmos o Hamas“, disse ele.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também comentou o assunto e incentivou Israel a agir, caso o grupo não entregue os reféns. “Deixe o inferno se instaurar“, declarou Trump na Casa Branca.
Israel declara ‘alerta de estado de guerra’, após ataques surpresa do Hamas (Foto: reprodução/Getty Images)
Hamas diz que há dificuldades no acordo
O Hamas quer manter o cessar-fogo, mas culpa Israel por não respeitar os termos combinados. Segundo o grupo, o governo israelense tem dificultado a chegada de comida e remédios a Gaza e impedido que moradores voltem para suas casas no norte do território.
O acordo foi fechado no dia 19 de janeiro e previa que o Hamas soltaria 33 reféns, aos poucos. Em troca, Israel retiraria parte dos soldados de Gaza e libertaria prisioneiros palestinos. Até agora, 16 reféns foram soltos.
Os países que estão ajudando nas negociações temem que o acordo desmorone. Segundo a agência de notícias Reuters, novas reuniões foram canceladas e existe um sério risco da guerra voltar em sua total força.
Tudo começou em outubro de 2023, o Hamas atacou Israel, resultando mais de 1.200 mortes. Israel então iniciou grandes bombardeios na Faixa de Gaza, onde, de acordo com as autoridades locais, mais de 40 mil pessoas já morreram.
Com o prazo chegando ao fim, as próximas horas serão decisivas. O mundo segue atento ao que pode acontecer.