O Itamaraty, por meio de nota enviada à imprensa nesta tarde de sexta-feira (13), criticou os ataques feitos por Israel às instalações iranianas na última madrugada. Conforme a declaração, a ofensiva demonstra uma “clara violação à soberania” do Irã e ao “direito internacional”. Ainda, segundo o ministério, o conflito configura-se como um risco elevado para a “paz, segurança e economia mundial” e, por isso, solicita o fim imediato das hostilidades.
ONU se manifesta
Na mesma linha do Itamaraty, a Organização das Nações Unidas (ONU) também demonstrou preocupação com a ofensiva israelense contra o Irã e um possível revide. Em comunicado, o secretário-geral, António Guterres, pediu “contenção máxima” aos envolvidos, demonstrando preocupação com uma escalada do conflito na região.
A preocupação da ONU, deve-se não só ao fato de ocorrer uma maior desestabilização no Oriente Médio, como a um possível envolvimento de países aliados dos dois lados, onde o conflito assumirá proporções consideráveis, afetando tanto a segurança e a economia destes países quanto de países não participantes.
Instalações nucleares
Os ataques israelenses ao Irã geraram grande preocupação, também, por parte da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O diretor-geral da Agência, Rafael Mariano Grossi, informou que mantém contato com líderes iranianos a fim de verificar se as instalações nucleares do país foram afetadas.
Conforme relatou Grossi, o governo do Irã informou que a usina de enriquecimento de urânio, na cidade de Natanz, “não apresenta níveis elevados de radiação”. Segundo a declaração, as instalações na cidade de Esfahan e a instalação subterrânea de Fordow, não foram afetadas.
Para o diretor-geral da AIEA, independente do contexto, jamais instalações nucleares devem ser atacadas, uma vez que uma possível contaminação por radiação nuclear afeta pessoas e meio ambiente, colocando em risco a segurança local e internacional.
Nas últimas horas, o Irã tem investido contra o Estado de Israel como represália aos ataques sofridos nesta madrugada. As Forças de Defesa de Israel (IDF), juntamente com o Mossad, Serviço de Inteligência israelense, têm monitorado essa ofensiva interceptando drones e mísseis iranianos e realizando novos ataques ao país.
Apesar dos pedidos de trégua e acordos, por parte de vários líderes e organizações multilaterais, tanto Israel quanto o Irã, até o momento, não demonstram interesse em um cessar-fogo. Fazendo com que a comunidade internacional fique em alerta e volte suas atenções ao Oriente Médio, importante região geopolítica dentro do contexto global.