Joe Biden diz não reconhecer jurisdição do Tribunal Penal Internacional

Rayssa Souza Por Rayssa Souza
3 min de leitura
Foto destaque: Joe Biden em conferência de imprensa nesta quinta-feira (reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)

Nesta quinta-feira (23), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que não reconhece a jurisdição do Tribunal Penal Internacional (TPI). Além disso, reiterou que não há equivalência entre o ataque do Hamas em 7 de outubro e a resposta de Israel.

Pedido de prisão

Na última segunda-feira (20), o procurador-geral do TPI, Karim Khan, solicitou mandados de prisão não só para Benjamin Netanyahu e seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, mas também para o líder do Hamas, Yahya Sinwar, e de seu gabinete político, Ismail Haniyeh. A motivação seriam os crimes de guerra e contra a humanidade na Faixa de Gaza.


Benjamin Netanyahu em discurso durante cerimônia (foto: reprodução/Debbie Hill/Getty Images Embed)


Essa decisão foi a primeira tentativa do procurador-geral de perseguir um chefe de Estado apoiado pelo Ocidente. Essa ação ainda precisa ser revista pelos juízes do Tribunal Penal Internacional, uma vez que eles ainda podem alterar, rejeitar ou aprovar o pedido.

Mesmo não fazendo parte da lista de membros da TPI, os EUA apoiaram processos anteriores, incluindo a emissão de um mandado de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, devido à guerra na Ucrânia.

Para os Estados Unidos, a decisão de Karim Khan pode prejudicar as negociações para um acordo entre Israel e Hamas para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e também para a liberação de reféns. Além disso, em entrevista, Joe Biden afirmou que não reconhece a jurisdição do TPI e que os EUA não acreditam em uma equivalência entre Israel e o Hamas.

Ataques do Hamas

Nesta quinta-feira (23), o Ministério da Saúde de Gaza revelou que ataques israelenses deixaram mais de 90 mortos nas últimas 24 horas. Controlado pelo Hamas, desde o início dos ataques, o número de mortos já chegou a 35.800 na Faixa de Gaza.

Além disso, o Hamas ainda informou que suas tropas foram para Rafah e já mataram pessoas que presumiram ser milicianos do grupo islamita, enquanto ataques aéreos também foram realizados.

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