Julgamento da trama golpista: Barroso enaltece Moraes e diz que STF serviu “exemplo para o mundo”

Nesta quarta-feira (17), na abertura do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, elogiou Alexandre de Moraes pelo julgamento que condenou Jair Bolsonaro e outros sete réus pela trama golpista. De acordo com Barroso, o STF deu “exemplo para o mundo”.  Gostaria de fazer a defesa do trabalho do Tribunal, […]

18 set, 2025
Foto destaque: Fachada do STF (reprodução/PABLO PORCIUNCULA/AFP via Getty Images Embed)
Foto destaque: Fachada do STF (reprodução/PABLO PORCIUNCULA/AFP via Getty Images Embed)
Supremo Tribunal Federal

Nesta quarta-feira (17), na abertura do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, elogiou Alexandre de Moraes pelo julgamento que condenou Jair Bolsonaro e outros sete réus pela trama golpista. De acordo com Barroso, o STF deu “exemplo para o mundo”. 

Gostaria de fazer a defesa do trabalho do Tribunal, antes de encerrarmos esse assunto [julgamento de Bolsonaro], virarmos a página e retomarmos a vida do país com paz e tranquilidade”, declarou o presidente Barroso.

Exaltação de Barroso

Na abertura do plenário, Luís Roberto Barroso exaltou os ministros que compõem a Primeira Turma do STF, colegiado responsável pelo julgamento que condenou réus por tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.


Luís Roberto Barroso citou nominalmente os ministros da Primeira Turma e elogiou condução do julgamento sobre tentativa de golpe de Estado (Foto: reprodução/EVARISTO SA/AFP via Getty Images Embed)


Além disso, o presidente da Corte também enalteceu o trabalho da Procuradoria-Geral da República (PGR), que elaborou a denúncia aceita por Alexandre de Moraes, relator do processo. 

De acordo com as palavras de Barroso, o julgamento foi dirigido com “serenidade”, “transparência”, dando “um bom exemplo pro mundo”. Para ele, o processo tem grande importância para a democracia brasileira. 

O julgamento

Na última quinta-feira (11), a Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, condenou com um placar de 4 a 1, Jair Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.  

Entre os cinco magistrados que votaram no julgamento, apenas Luiz Fux apresentou divergências em relação à culpabilidade dos indiciados. Na visão do ministro, dos oito réus, apenas Mauro Cid, que concedeu delação premiada à Polícia Federal, e o general Braga Netto, candidato à vice-presidência de Bolsonaro, foram os responsáveis pela trama golpista que desencadeou os atos de depredação dos prédios públicos de Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. 

Nesse sentido, os outros quatro magistrados da Primeira Turma votaram a favor da condenação de todos os réus indiciados no processo. Jair Bolsonaro, considerado culpado por cinco crimes, foi julgado e condenado a 27 anos e 3 meses de reclusão. Já os militares Walter Braga Netto, do Exército, e Almir Garnier, da Marinha, pegaram uma dosimetria de 26 e 24 anos, respectivamente. 

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal, foi sentenciado a 24 anos de reclusão. Por sua vez, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Alexandre Ramagem foram julgados  a 21, 19 e 16 anos de detenção, respectivamente. Por fim, com a menor pena entre todos os condenados, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e autor de uma delação premiada, foi condenado a dois anos em regime aberto.

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