O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, foi condenado nesta sexta-feira (10) no caso envolvendo pagamentos fraudulentos feitos à atriz Stormy Daniels, durante a campanha presidencial de 2016. O veredito final foi satisfatório para o republicano, que não recebeu qualquer tipo pena de prisão, liberdade condicional ou multa. No entanto, a sentença registrará um julgamento de culpa em seu histórico permanente, na chamada “dispensa incondicional”.
Recapitulando o caso
Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, em audiência à distância (reprodução/Brendan McDermid/AFP/Getty Images Embed)
Durante as eleições presidenciais de 2016, quando Trump derrotou Hillary Clinton na disputa pelo poder executivo dos EUA, o então candidato foi acusado de ter autorizado o pagamento de US$ 130 mil a atriz pornô Stormy Daniels, a fim de garantir o silêncio sobre um suposto caso com a mesma, assim interferindo no processo eleitoral. A investigação apurou que o montante foi supostamente declarado como “despesas legais” por meio de sua organização empresarial, levantando suspeitas de violações nas leis de financiamento da campanha.
No julgamento, que iniciou em janeiro do ano passado, a defesa de Trump argumentou que o pagamento era um acordo privado e não tinha ligação com a campanha eleitoral. No entanto, o tribunal considerou que o objetivo era proteger sua candidatura, configurando crime de falsificação de documentos e uso indevido de recursos empresariais para fins políticos.
Em maio, quando foi declarado culpado pelo juri, o então ex-presidente alegou ter sido vitima de um julgamento partidário, aliado a uma perseguição política:
Isso foi uma desgraça. Este foi um julgamento manipulado por um juiz em conflito de interesses e corrupto. Não fizemos nada de errado. Sou um homem inocente. Estou lutando pelo nosso país, afirmou.
Sentença foi repercutida e debatida ao redor do mundo
Presidente eleito Donald Trump, em discurso durante conferência (reprodução/Scott Olson/Getty Images Embed)
Como já era de se esperar, a condenação gerou reações divididas nos Estados Unidos e no restante do mundo em sua totalidade. Enquanto simpatizantes da oposição a Trump condenam a decisão, destacando que uma pena mais severa seria algo mais justo, apoiadores do presidente eleito comemoraram o veredito brando, compactuando com a narrativa do político sobre uma suposta perseguição política.
Com o caso resolvido, o republicano poderá agora focar tranquilamente em sua posse, que será no dia 20 de janeiro.