Justiça dos EUA quer que Google venda o Chrome para reduzir monopólio

Caso busca frear monopólio e pode impactar mercados de busca, inteligência artificial e smartphones

Raquel Cunha Por Raquel Cunha
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Foto destaque: Google (reprodução/Pinterest/Elena de Miguel)

As autoridades antitruste dos Estados Unidos estão pedindo à Justiça que a Alphabet, dona do Google, seja obrigada a vender o navegador Chrome, como parte de uma ação que visa limitar o poder da gigante tecnológica. A proposta foi motivada por uma decisão judicial de agosto, que concluiu que o Google monopolizou ilegalmente o mercado de buscas.


Foto: Goggle Chrome (Foto: reprodução/Pinterest/Daily Mail)

O impacto no mercado de tecnologia

O Departamento de Justiça (DoJ) e estados aliados no processo sugerem medidas para regulamentar a inteligência artificial (IA) e o sistema operacional Android, dois pilares importantes da atuação da empresa. As recomendações incluem o licenciamento de dados do buscador e mudanças nos contratos de exclusividade, que garantiriam maior competitividade no setor.

O navegador Chrome, que domina cerca de 61% do mercado nos EUA, está no centro da disputa. A venda do produto pode reduzir o controle que o Google exerce sobre o acesso à internet e seu mecanismo de busca, o que, segundo o governo, seria um passo para evitar práticas desleais.

Outra sugestão inclui desvincular o sistema Android de outros produtos, como o Google Play e o buscador. Atualmente, esses serviços são oferecidos como um pacote, dificultando a concorrência. A ação também propõe obrigar a empresa a compartilhar dados com anunciantes, dando-lhes mais controle sobre como e onde seus anúncios são exibidos.

Próximos passos e desafios para o Google

O juiz Amit Mehta, responsável pelo caso, agendou uma audiência em abril para discutir as mudanças propostas. A decisão final está prevista para agosto de 2025. Enquanto isso, o Google já anunciou que irá recorrer das acusações, defendendo que as medidas sugeridas prejudicariam consumidores, desenvolvedores e a competitividade dos EUA no setor tecnológico.

Essa ação é uma das maiores já realizadas contra uma big tech desde as tentativas de dividir a Microsoft na década de 1990. Caso aprovada, pode redefinir o mercado digital e abrir espaço para novos concorrentes, impactando profundamente como o público utiliza a internet e os serviços tecnológicos.