Em uma demonstração de força, o líder norte-coreano Kim Jong-un comandou, além disso, uma série de exercícios militares envolvendo a 1ª Divisão Aérea do país. As manobras, por sua vez, incluíram simulações de combate aéreo e ataques coordenados com mísseis. As imagens, amplamente divulgadas pela mídia estatal, portanto, mostram caças em ação e o lançamento de armamentos semelhantes a mísseis ar-ar de longo alcance.
Além de reforçar a preparação militar, o exercício teve forte apelo simbólico. Kim conclamou os militares a “estarem prontos para qualquer eventualidade”. Em um discurso que reafirma a doutrina de autodefesa do regime e alimenta o discurso de resistência a pressões externas.

Alinhamento diplomático em Moscou
Ao mesmo tempo, o governo norte-coreano vem estreitando laços com a Rússia. Em um movimento diplomático incomum, Kim visitou pessoalmente a embaixada russa em Pyongyang. Gesto interpretado como uma tentativa de reforçar alianças estratégicas diante do isolamento internacional. A visita ocorreu em meio a um cenário de sanções intensificadas por parte dos Estados Unidos, que voltaram a listar a Coreia do Norte como país que não coopera com esforços antiterrorismo.
Retórica belicista e pressões internacionais
A recente escalada militar ocorre em paralelo ao endurecimento da retórica de Kim Jong-un, que acusa Washington de “hostilidade persistente” e afirma que seu país não aceitará “interferências externas” em seus assuntos. O regime norte-coreano sustenta que os exercícios têm caráter defensivo. No entanto, governos do Japão, Coreia do Sul e EUA vêm monitorando de perto as movimentações, apontando riscos de instabilidade na região.
Com as eleições americanas se aproximando e tensões globais em alta, os próximos meses serão decisivos para entender se o novo ciclo de manobras representa apenas um gesto político ou o prenúncio de uma mudança mais radical na postura do regime norte-coreano.