Nesta terça-feira (03), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desaprovou novamente as críticas do governo dos EUA sobre as ações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A afirmação se deu após o governo brasileiro receber um ofício dos EUA no dia 27 de maio, como resposta às decisões judiciais de Alexandre de Moraes, que resultaram no bloqueio de redes sociais americanas no Brasil.
“Primeiro, é inadmissível que um presidente de qualquer país do mundo dê palpite sobre a decisão da Suprema Corte de um outro país” disse o presidente.
Além disso, Lula também fez fortes críticas ao deputado Eduardo Bolsonaro, que tem se reunido com as autoridades norte-americanas para discutir possíveis sanções. Ele chama as práticas de Eduardo de “terroristas” e “anti patrióticas”.
Matéria do G1 sobre declaração do presidente Lula (Foto: reprodução/X/@g1)
O ofício enviado pelo governo dos EUA
As ações judiciais do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que resultaram no bloqueio de redes sociais americanas no Brasil, têm sido alvo de críticas e ameaças do governo norte-americano.
No dia 27 de maio, o governo brasileiro recebeu um ofício dos EUA criticando as decisões do ministro brasileiro. Segundo o jornal norte-americano New York Times, que teve acesso ao documento, parte da carta dizia:
“O Departamento de Justiça disse ao ministro Alexandre de Moraes que ele poderia aplicar as leis no Brasil, mas que não poderia ordenar que empresas obedecessem ordens específicas nos Estados Unidos”
Enviado pelo Departamento de Justiça dos EUA, o documento tem caráter meramente informativo, segundo o Ministério da Justiça.
EUA vai a barrar autoridades estrangeiras “cúmplices de censura a americanos”
Na última quarta-feira (28), Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, anunciou a restrição de visto contra autoridades estrangeiras que são “cúmplices de censura a americanos”.
Além disso, também na semana passada, Rubio não descartou a possibilidade de o ministro Alexandre de Moraes ser sancionado pelos EUA e disse que há “grande chance”.
Em resposta, Lula afirmou que o Brasil vai defender, não só o seu ministro, mas defender a Suprema Corte”, finaliza.