Maduro afirma que WhatsApp está sendo usado para ameaçar o país

Ana Livia Menezes Por Ana Livia Menezes
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Foto Destaque: Nicolás Maduro comemora sua vitória na eleição presidencial no Palácio de Miraflores em 28 de julho de 2024, em Caracas, Venezuela (Reprodução/Alfredo Lasry R/Getty Images Embed)

Nesta segunda-feira (5), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, atacou o WhatsApp e afirmou que o aplicativo está sendo usado para ameaçar o país. Em seu discurso, Maduro pediu que a população desinstalasse o aplicativo e passasse a usar o Telegram, criado na Rússia, e o WeChat, da China.

Segundo o presidente, o aplicativo de mensagens está sendo usado para intimidar jovens e líderes políticos e comunitários do país. Esse discurso foi feito durante a Marcha da Juventude e dos Estudantes pela Defesa da Paz e também foi transmitido ao vivo pelo canal dele no YouTube.

“Eu vou romper relações com o WhatsApp, porque está sendo utilizado para ameaçar a Venezuela. Então, eu vou eliminar o WhatsApp do meu telefone para sempre. Pouco a pouco, vou passando meus contatos para o Telegram e o WeChat”, disse Maduro.

Eleições na Venezuela

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Nicolás Maduro o vencedor das eleições na segunda-feira, 29. A vitória de Maduro foi proclamada com 51,2% dos votos, enquanto seu candidato opositor, Edmundo González, obteve 44,2% dos votos. González argumenta que os números nas urnas foram adulterados.

O órgão responsável pelas eleições no país é liderado por um dos aliados do governo Maduro, e os resultados foram divulgados antes da apuração dos votos ser concluída e sem a divulgação dos boletins.

Além disso, o site do CNE permanece fora do ar desde o dia das eleições. No domingo, 28 de julho, o Ministério Público venezuelano informou que houve um ataque hacker sobre o comando do candidato rival. No entanto, a confiabilidade dessa informação é questionada, pois o órgão também é liderado por um aliado do governo de Maduro.

Protestos de oposição a Maduro

Desde que o resultado das eleições foi anunciado, com a derrota de seu rival Edmundo González, parte da população se organizou em protestos contra os resultados das eleições na Venezuela.


Protestos contra o resultado da eleição presidencial em Caracas, Venezuela (Foto: Reprodução/Alfredo Lasry R/Getty Images Embed)


O movimento de oposição defende que o resultado das eleições foi uma fraude. De acordo com os resultados das pesquisas realizadas pela agência Reuters, González era o vencedor das eleições presidenciais.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) não reconhece a vitória de Maduro. A comunidade internacional questiona a vitória de Maduro e pede transparência na contagem dos votos.

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