Maduro pede paz e critica ações militares dos EUA
Maduro pede paz e critica ofensiva dos EUA no Caribe, enquanto ONU acusa Washington de violar leis internacionais com bombardeios; Três pessoas morreram na ação
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta quinta-feira (23) que o país “quer paz” e fez um apelo, em inglês, para que não haja uma “guerra maluca” na região. A fala ocorre em meio às recentes ações militares dos Estados Unidos no Caribe, que ele classificou como uma ameaça direta à soberania venezuelana.
Nos últimos meses, Washington enviou destróieres, barcos de guerra, forças especiais e até um submarino para águas internacionais próximas à América do Sul. Desde setembro, as forças americanas já realizaram nove ataques contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas — dois deles no Oceano Pacífico — que resultaram em pelo menos 37 mortes.
Maduro acusou os Estados Unidos de usar o combate ao narcotráfico como desculpa para tentar derrubar seu governo e tomar o controle do petróleo venezuelano.
Trump fala em ampliar operações em terra
No mesmo dia, Donald Trump afirmou que pretende autorizar ações militares em solo contra cartéis de drogas. Ele não citou a Venezuela diretamente, mas informou que a proposta será debatida com o Congresso americano.
A declaração foi feita um dia após o nono bombardeio da frota americana contra uma embarcação no Pacífico, que, segundo o Departamento de Guerra, transportava drogas. Três pessoas morreram na ação.
Trump também disse a jornalistas que não precisa de autorização do Congresso para seguir com as ofensivas e reforçou que as operações continuarão.
BREAKING: 🚨 Several U.S. aircraft JUST APPROACHED 50 MILES FROM VENEZUELAN AIRSPACE
Trump is set to give a statement on Venezuela ‘soon’
He’s really going to start another oil war after begging for the Nobel peace prize. pic.twitter.com/MtcwYTMHA2
— ADAM (@AdameMedia) October 23, 2025
Governo americano continua a mandar mais tropas para a costa venezuelana (Foto: Reprodução/X/@AdameMedia)
ONU condena ataques e aponta violações
Analistas e entidades internacionais vêm criticando a postura dos EUA. Um grupo de especialistas da ONU declarou que os bombardeios violam o direito internacional e configuram “execuções extrajudiciais”.
De acordo com o relatório, os ataques ferem a soberania dos países da região e as obrigações dos EUA de evitar o uso da força em águas internacionais. Mesmo com a justificativa de combater o tráfico, o grupo afirmou que as ações não têm base legal e infringem o direito do mar.
