Maduro tem 646 denúncias no Tribunal Penal Internacional

Marcela Pacheco Martin Por Marcela Pacheco Martin
4 min de leitura
Foto destaque: Nicolás Maduro (Reprodução/Adem Altan/GettyImages Embed)

Desde 29 de julho, mais de 600 denúncias de violações de direitos humanos no governo de Nicolás Maduro foram apresentadas ao Tribunal Penal Internacional. O responsável pelo protocolo das denúncias ao TPI, o advogado Orlando Vieira-Blanco, transmitiu a informação à CNN.

O processo contra Maduro

As denúncias serão incorporadas a um processo que já está em andamento no TPI desde 2019 e que investiga as violações de direitos humanos cometidas por Maduro durante seu governo, particularmente a repressão aos protestos de 2017, que resultaram em mais de 100 mortes. A declaração do advogado foi que Maduro “pode ser condenado a anos de prisão” por seus crimes.


Nicolás Maduro (Foto: Reprodução/Alfredo Lasry R/GettyImages Embed)


“São 646 casos desde o dia 29 de julho envolvendo prisões arbitrárias, desaparecimentos forçados, perseguições políticas, violações de menores, tortura, segregação política, homicídios, perseguições, tratamentos cruéis e degradantes.”

Orlando Vieira-Blanco a CNN

O que é o TPI

O Tribunal Penal Internacional (TPI), estabelecido pelo Estatuto de Roma, é uma corte internacional permanente que tem a autoridade de investigar e julgar pessoas acusadas de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e crimes de agressão. O TPI é composto por quatro órgãos: Presidência, Promotoria, Seções Judiciais (Recursos, Instrução e Julgamento em Primeira Instância).

O presidente russo Vladimir Putin por exemplo, recebeu mandados de prisão do TPI por crimes de guerra, deportação ilegal de crianças e transferência ilegal de crianças da Ucrânia para a Rússia.

As acusações contra Maduro foram apresentadas a Kharim Khan, o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional. Khan emitiu um comunicado na segunda-feira (12) afirmando estar “monitorando ativamente” as tensões na Venezuela e confirmando que recebeu “múltiplos relatos de violência e outras alegações” após as eleições.

ONU vai divulgar relatório sobre as eleições da Venezuela

Nesta terça-feira (13), a Organização das Nações Unidas anunciaram a divulgação de um relatório “confidencial” sobre as eleições na Venezuela. Um documento provisório feito por técnicos da organização foi entregue ao secretário-geral António Guterres. O CNE declarou Nicolás Maduro vitorioso nas eleições presidenciais da Venezuela, mas a oposição afirma que os resultados das urnas após o pleito indicaram uma vantagem significativa para Edmundo González.

O relatório da ONU foi elaborado por especialistas que compõem um painel eleitoral independente, disse Farhan Haq, um dos porta-vozes de Guterres. Antes das eleições de 28 de julho, membros da equipe viajaram para a Venezuela no mês anterior. A ONU informou em uma nota publicada em junho que o CNE da Venezuela solicitou a criação do painel. A organização disse à época que os especialistas escreveriam um relatório confidencial sobre como as eleições no país estavam indo.

O relatório foi escrito com o objetivo de fazer recomendações e melhorias para futuros processos judiciais na Venezuela. De acordo com a nota, o documento seria “independente e interno” e seria dirigido ao secretário-geral.

O porta-voz da ONU afirmou recentemente que o relatório preliminar da equipe de especialistas será divulgado, mas não revelou uma data.

“Ler é viver mil vidas diferentes em uma única existência.” - André William Segalla Cursando jornalismo na Universidade Metodista de São Paulo com previsão de formação em dezembro de 2025, moradora do litoral paulista, com 24 anos, estagiando como redatora no IN Magazine e dirigindo uma escola de cursos.
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