Mais de meio milhão de palestinos sofrem de fome, diz a ONU

Alice Accioly Por Alice Accioly
3 min de leitura
Tanques de guerra do exército de Israel no centro da Faixa de Gaza (reprodução/ Menahem Kahana/ AFP/ Folha de Pernambuco)

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou, nesta terça-feira, que mais de meio milhão de pessoas que moram em Gaza enfrentam uma “fome catastrófica”. A ONU fez essa afirmação por conta do bloqueio do abastecimento de comida, água e combustível que Israel impôs desde o início dos conflitos contra o Hamas, em outubro do ano passado.

UNRWA na ONU

A agência da ONU responsável por ajudar os refugiados palestinos, a UNRWA, também estava presente na reunião desta terça-feira e fez observações sobre a situação dos palestinos. A agência disse que os hospitais de Gaza foram dizimados e fez um apelo pelo cessar-fogo para que toda ajuda necessária possa chegar até as vítimas

Juliette Touma, porta-voz da UNRWA, apareceu em um vídeo, divulgado pela ONU, que foi gravado em uma região bombardeada por Israel. No vídeo, Touma mostra pessoas feridas recebendo assistência médica enquanto estão deitadas no chão de um complexo hospitalar precário. Além dessa cena, há outro momento do vídeo que pessoas aparecem em um fila para pegar comida e palestinos habitando em casas improvisadas.


Criança e adultos se alimentando em Gaza
Palestinos reunidos se alimentando com pão sírio (foto: reprodução/ EPA/ Haitham Imad/ Diário de Notícias)

Segundo a porta-voz, a situação é muito desesperadora. “Essas não são condições adequadas para seres humanos”, afirmou Touma. Em sua conta no X (antigo Twitter), Juliette Touma escreveu em um post que a ONU não deixará de falar sobre a crise humanitária enquanto houver um aumento de pessoas com fome em Gaza. “À medida que o risco de fome aumenta, as Nações Unidas pedem um aumento crítico no acesso humanitário“.

Mortos em Gaza

O número de mortos no conflito entre o Hamas e Israel, de acordo com autoridades de saúde palestinas, já é maior que 25 mil pessoas. Segundo a Organização das Nações Unidas, 70% dessas pessoas eram mulheres e crianças, totalizando cerca de 17.500 mortes.

O governo israelense disse que está fazendo o possível para evitar que crianças e mulheres morram na guerra contra o Hamas.

Foto destaque: tanques de guerra do exército de Israel no centro da Faixa de Gaza (reprodução/ Menahem Kahana/ AFP/ Folha de Pernambuco)

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