Manifestação antirracista acontece no Reino Unido após protestos violentos  

Sabrina Oliveira Por Sabrina Oliveira
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Foto destaque: Manifestação em Rotherham no Reino Unido (reprodução/Christopher Furlong/Getty Images Embed)

Na noite da quarta-feira (07), diversos britânicos se reuniram para protestar contra os ataques e manifestações racistas que vêm acontecendo no país desde a semana passada. Os atos violentos se iniciaram após um ataque a uma escola de dança em Southport na Inglaterra, onde três crianças foram mortas e oito ficaram feridas. 

Este atentado gerou uma onda de manifestações intolerantes da extrema-direita contra imigrantes e muçulmanos. 

Manifestação pacífica

O movimento organizado por manifestantes antirracistas aconteceu nas principais cidades do Reino Unido: Londres, Southampton, Birmingham, Brighton, Bristol, Newcastle e algumas outras menores. Devido aos atos violentos que ocorreram, o governo reforçou o policiamento e cerca de 6 mil novos agentes foram instruídos para conterem a violência e manter a segurança dos civis. 

Publicações realizadas em redes sociais convocando novos manifestantes para mais protestos violentos também chamaram a atenção das autoridades. As postagens indicavam que os ataques iriam ocorrer em centros de acolhimento e escritórios de advocacia que auxiliam imigrantes do país. 

A polícia, por meio destas postagens, identificou também que os grupos planejavam realizar cerca de 100 manifestações violentas.


Reportagem da GloboNews mostrando imagens da manifestação (Foto: reprodução/X/@GloboNews)

Os britânicos, vendo essa possibilidade, se uniram em manifestações pacíficas, eles se reuniram nos lugares que seriam alvos dos atos violentos para evitar os ataques. Além disso, os protestos exigiam justiça e punição aos intolerantes, sendo confirmado posteriormente que essas manifestações impediram que os extremistas chegassem aos pontos de encontro, ocasionando na desistência deles. 

Segundo uma reportagem do Jornal Nacional, comerciantes de Londres colocaram tapumes em suas lojas e moradores protegeram os muçulmanos da região oferecendo abrigo. As autoridades agradeceram os manifestantes que fizeram os atos pacíficos no país e declararam que essa união é fundamental para combater o racismo e a intolerância. 


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Protesto violento ocorrido no Reino Unido (Foto: reprodução/Christopher Furlong/Getty Images Embed)


Início dos ataques violentos 

Na segunda-feira (29), algumas crianças estavam praticando uma aula de dança inspirada nas músicas de Taylor Swift em Southport quando foram surpreendidas por um adolescente de 17 anos que entrou no local com uma faca e começou um ataque. Bebe King, de 6 anos, Alice Aguiar, de 9 anos, e Elsie Dot, de 7, faleceram devido a esfaqueamentos múltiplos. Cinco crianças estão no hospital em estado crítico e dois adultos foram gravemente feridos. 

O suspeito foi preso e boatos de que ele era muçulmano começaram a surgir nas redes sociais. No dia seguinte, manifestantes invadiram uma vigília para as vítimas. Logo, grupos da extrema-direita, neonazistas, anti-imigrantistas e racistas começaram a realizar seus protestos violentos. 

Os grupos entraram em confronto com os policiais, jogaram pedras em estabelecimentos enquanto gritavam falas racistas. O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, em uma coletiva com a imprensa, declarou que o governo irá intensificar as ações dos policiais e que qualquer pessoa que participar dos ataques terá que enfrentar as leis do país. 

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