Médica toma conhecimento de crime em que estava sendo vítima enquanto trabalhava

Mateus Zago Por Mateus Zago
2 min de leitura
Foto Destaque: Grazielly Barbosa e uma receita falsificada (Reprodução/G1/TV Globo)

Em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Goiânia, a médica Eny Aires estava em expediente com um paciente em estado grave, no momento em que tomou ciência que seu nome e seu registro profissional estavam sofrendo uso indevido e ilegal pela empresária Grazielly Barbosa, que se encontra presa neste momento.

Grazielly teve uma vitima do suposto golpe, a influenciadora Aline Maria Ferreira, que morreu aos 33 anos, em meio a um procedimento estético com ela.


Influencer morta após aplicação de PMMA recebeu de falsa profissional receita com carimbo de médica
Vídeo explicativo sobre o ocorrido (Vídeo: reprodução/Youtube/Jornal da Record)

O crime de Grazielly

A empresária e dona da clínica “Ame-se”, se apresentava como biomédica, fez o curso de medicina no Paraguai por apenas três meses, como dito em depoimento para a polícia. Conforme apurado pela polícia, Grazielly não apresentou nenhum comprovante de conclusão deste curso, comprovando que nem sequer tinha a capacitação para atuar na área, quanto mais para realizar um procedimento estético, como foi feito.

A clínica de Grazielly foi fechada e interditada pela vigilância sanitária, por falta de um alvará de funcionamento e de um responsável técnico. Aline Ferreira, a vítima do procedimento, faleceu quase uma semana depois de uma operação estética para aumento do bumbum.

Visão de Eny Aires

A verdadeira médica, Eny Aires, revelou ao portal g1, que demorou a tomar conhecimento do que estava realmente acontecendo, por não acompanhar o mundo das notícias. Quando tomou conhecimento, Eny fez um boletim de ocorrência contra a empresária, que alterou o nome e registro profissional para dificultar a descoberta do crime de fraude, além de prescrever remédios de forma errada.

“Os remédios estavam prescritos de forma errada. Primeiro que não se escreve com caneta vermelha. Tudo [estava] horrível, toda a prescrição dela estava errada. Era para matar mesmo, porque não tem nenhum princípio da medicina”

Eny Aires, sobre as receitass erradas.

Eny descobriu o crime em seu ambiente de trabalho, enquanto cuidava de um paciente em estado grave, na sala vermelha de uma UPA, em Goiânia.

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