Mercado ilegal provoca prejuízo de bilhões ao Brasil

Raabe Miranda Por Raabe Miranda
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Foto destaque: Produtos comercializados de modo ilícito causam perdas financeiras ao país (reprodução/GettyImages/Images say more about me than words)

Entre as principais operações de cunho ilícito, estão registrados o contrabando, roubo, pirataria, ligações clandestinas de água e luz, fraude fiscal, furto de serviços públicos, sonegação de impostos, entre outros.

O impacto negativo que afeta a todos

Conforme identificado no estudo “Brasil Ilegal em Números”, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelas federações estaduais das indústrias de São Paulo (Fiesp) e do Rio de Janeiro (Firjan), percebe-se o grande impacto negativo que resulta da ilegalidade. Esse tipo de mercado é um problema para a indústria e para a sociedade de forma geral, pois propicia um ambiente de perdas, danos e violência criminal.

De acordo com observações feitas no estudo: “Em suas mais variadas vertentes, o impacto é percebido na economia, com perdas equivalentes às riquezas produzidas por estados inteiros, e na sociedade, em especial nas camadas mais carentes, na redução da oferta de postos de trabalho e na piora da qualidade de bens consumidos”.

Números que corroboram os fatos

Conforme o diretor da Fiesp e da Firjan Carlos Erane de Aguiar, os números apontados no estudo são um grande “desastre nacional” que afeta diretamente cidadãos e os governos. “A cifra de R$ 453,5 bilhões é um desastre nacional, que atinge todo cidadão, governos municipais, estaduais e União. São recursos que equivalem a todo o Produto Interno Bruto (PIB) do estado de Santa Catarina, por exemplo. A CNI, Fiesp e Firjan querem chamar a atenção para essa calamidade”, afirmou em comunicado divulgado pela CNI.

O Brasil em posição alarmante

Conforme o estudo, dados do Índice Global de Crime Organizado revelam que o Brasil se encontra na posição 171, de 193 países, em um ranking que sonda o mercado de produtos falsificadas. E entre as mercadorias mais comercializadas estão cigarros, eletroeletrônicos, veículos, vestuário, informática, bebidas, brinquedos, inseticidas, fungicidas, herbicidas, desinfetantes, calçados e perfumes.

Cigarro, um dos produtos mais contrabandeados (Reprodução/GettyImages/bymuratdeniz)


Um comércio que atravessa fronteiras

Identificado no levantamento, a Receita Federal no ano de 2023 realizou 17,6 mil operações de combate a crimes como contrabando e importação irregular de mercadorias, o que resultou na apreensão de R$ 3,78 bilhões em mercadorias, produzidas tanto no Brasil, como advindas de outros países.

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Comunicação Social -Jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa.
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