Michelle Bolsonaro critica denúncia contra seu marido

Jair Bolsonaro é suspeito de arquitetar um golpe de estado

4 min de leitura
Michelle Bolsonaro em evento politico
Foto destaque: Michelle Bolsonaro em conferência (Reprodução/Pedro H. Tesch/Getty Images embed)

Em entrevista ao site “O Antagonista”, a ex-primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro (PL) falou sobre a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, alegando que as delações foram obtidas sob “tortura psicológica” e comparando a um “pau de arara do século XXI”. 

Michelle sugeriu que as acusações contra o ex-presidente seriam uma estratégia para desviar a atenção das “trapalhadas” do governo Lula e das anulações de penas da Lava Jato. Ela evitou confirmar sua possível candidatura ao Senado pelo Distrito Federal em 2026:

“As candidaturas só serão registradas em 2026. Tem muita coisa para acontecer daqui até lá. Ainda tenho muito tempo para decidir se serei e, se for, para qual cargo eu, eventualmente, seria candidata”.

Presidente do PL Mulher ataca métodos da PGR

Michelle Bolsonaro afirmou que a denúncia, que acusa o ex-presidente de liderar uma organização criminosa para perpetuar um golpe de estado após as eleições de 2022, se sustenta em relatos extraídos sob “ameaças e práticas que mais parecem tortura psicológica”.

A presidente do PL Mulher citou críticas de “juristas” e até de “nomes que sempre apoiaram a esquerda” ao documento da PGR, sem detalhar fontes. Para ela, o timing das investigações coincide com momentos de baixa popularidade do governo Lula:

“É estranho perceber que sempre que o governo Lula está encurralado, aparece algo relacionado ao presidente Bolsonaro para tentar desviar a atenção: é operação contra militares, são prisões de inocentes, é denúncia com roteiro de novela barata, etc. Essas coisas parecem surgir para tentar disfarçar as trapalhadas do governo ou, quem sabe, esconder as vergonhosas anulações das penas dos criminosos condenados na Lava-Jato”


Código:

Michelle compartilha vídeo alegando ser “próximo alvo” da esquerda (Vídeo: Reprodução/Instagram/@michellebolsonaro)


A ex-primeira-dama defendeu a inocência do marido, afirmando que não há provas contra ele. A denúncia, de 272 páginas, aponta que Bolsonaro analisou e pediu ajustes em um plano que incluía a prisão de ministros do STF, como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para intervir no TSE e reverter os resultados eleitorais de 2022.  

Acusação de plano para anular eleições 

A PGR denunciou Jair Bolsonaro por crimes como organização criminosa armada, golpe de Estado e tentativa de abolir o “Estado Democrático de Direito”. Segundo a investigação, o ex-presidente teria articulado um plano para usar as Forças Armadas como “poder moderador” e invalidar a vitória de Lula.

O documento menciona que Bolsonaro pediu a retirada dos nomes de Gilmar Mendes e Pacheco da minuta golpista, mas manteve a proposta de interferência no TSE. A defesa dos acusados têm até 6 de março para se manifestar perante o ministro Alexandre de Moraes, do STF.  

Michelle minimizou as acusações, alegando que o Judiciário está “fragilizado” e que os direitos fundamentais estão sendo “violados”. Ela também vinculou o caso a uma suposta perseguição política.

Questionada sobre uma possível candidatura ao Senado pelo Distrito Federal, Michelle fugiu do assunto. A ex-primeira-dama, comanda o PL Mulher, preferiu focar em sua atuação partidária e reforçar a narrativa de perseguição à família Bolsonaro. 

Jornalista apaixonada pela escrita. Redatora no In Magazine e Hora Top TV.
Sair da versão mobile