Milícia iraquiana apoiada pelo Irã diz que continuará os ataques contra os Estados Unidos

Victor Kallut Por Victor Kallut
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Grupo iraquiano Al-Nujaba diz que não irá parar os ataques contra os Estados Unidos (Reprodução: Arab News/AFP)

O Al-Nujaba, uma milícia terrorista iraquiana apoiada pelo Irã, informou que continuará os ataques contra os Estados Unidos. O comunicado feito pelo porta-voz do grupo, Akram Al-Kaabi, contraria a decisão de interromper as ofensivas contra os norte-americanos tomada pelo Kataib Hezbollah, grupo mais poderoso apoiado pelos iranianos no Iraque. Recentemente, três militares dos EUA morreram devido a um ataque feito em sua base na Jordânia.

Milícia exige retirada das tropas americanas do Iraque

Al-Kaabi, porta-voz do Al-Nujaba que é listado como um Terrorista Global Especialmente Designado (SDGT), afirmou que os ataques aos Estados Unidos só serão interrompidos quando o exército de Joe Biden se retirar do território iraquiano. Além disso, exigiram também a interrupção das ações militares norte-americanas na Faixa de Gaza.


Veículos militares dos EUA na base aérea de Ain al-Asad, na província de Anbar, no Iraque (Foto: reprodução/John Davison/REUTERS)

De acordo com membros do serviço de inteligência dos EUA, o Irã pode não controlar exatamente todos os grupos militares que financia no país vizinho. Além disso, há indícios de que as lideranças iranianas não estejam contentes com as ações de seus aliados, visto que elas podem colocar o país em confronto direto com os norte-americanos.

Irã diz que não procura conflitos

Apesar de grupos financiados pelo Irã permanecerem na estratégia de atacar as tropas americanas, o país diz que não procura conflito. Seu presidente, Ebrahim Raisi, disse que “não procurará nenhuma guerra”, mas “responderá fortemente” caso alguma outra nação queira intimidá-los.

Com o início da guerra entre Israel e Hamas, os Estados Unidos têm se envolvido em disputas com outras nações do Oriente Médio, incluindo Iêmen, Iraque e Síria. Segundo as autoridades norte-americanas, seus militares já foram atacados mais de 160 vezes desde 7 de outubro.

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