Ministério da Saúde lança campanha de amamentação afim de garantir sobrevivência infantil

Lorena Camile Por Lorena Camile
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Foto Destaque: Ministério da Saúde lança campanha de amamentação afim de garantir sobrevivência infantil (reprodução/ Rafael Nascimento/MS/gov.br)

Nesta quinta-feira (1), foi anunciado pelo Ministério da Saúde a Campanha da Semana Mundial da Amamentação 2024. Intitulada por “Amamentação, apoie em todas as situações”, o objetivo da iniciativa se deve à promessa de cumprir com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecido pela ONU além de garantir sobrevivência e bem-estar infantil.

Amamentação, apoie em todas as situações

O projeto de conscientização apresentado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira(1) foca na redução de desigualdades voltadas ao apoio à amamentação. Considerando que a amamentação é o único elemento que, de forma isolada, reduz em até 13% causas evitáveis de mortalidade infantil, a campanha trabalha para que haja um número de sucesso eficiente causando assim a possibilidade de mais segurança na sobrevivência infantil por meio, principalmente, da amamentação.

Em declaração no evento de lançamento, a ministra Nísia Trindade salientou o compromisso do Ministério ao fazer uma campanha considerada vitoriosa que promete uma meta de 70% de aleitamento com leito materno até os seis meses, ainda ressaltando a referência do Brasil em sua gestão com saúde pública. É de conhecimento do governo federal os diferentes cenários e contextos passados por famílias no dia a dia, estes que também impactam a amamentação e por isso a campanha “Amamentação, apoie em todas as situações” procura atestar o direito à amamentação, em especial para lactantes em situação de vulnerabilidade.

É de interesse e compromisso do governo também apoiar a amamentação em situações de calamidade pública, desastres naturais e estados de emergência. O Ministério ainda coordena nacionalmente a iniciativa global, a mais importante ação de aliança social em prol da seguridade amamentar.

Em julho, associado com o trabalho feito pelo governo federal no estado do Rio Grande do Sul após as intensas enchentes, o Ministério enviou cerca de 63 litros de leite humano ao estado. De acordo com a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, um pote de 300mL chega a alimentar 10 prematuros ou bebês de baixo peso. Por isso, a doação é considerada imprescindível para ajudar na alimentação e recuperação de bebês internados nas UTIs (Unidades Neonatais) do estado. Tal ação fortifica o propósito do projeto afim de sensibilizar a sociedade sobre a necessidade de apoio à amamentação.


Evento de lançamento da nova campanha “Amamentação, apoie em todas as situações” (Foto: reprodução/Rafael Nascimento/MS/gov.br)

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) e Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância, cerca de deis milhões de vidas infantis são salvas todo ano por meio do aumento nas taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de vida. Em conjunto com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a atuação da Semana Mundial da Amamentação melhora a comunicação com a sociedade e assim informa a população sobre as desigualdades no apoio e prevalência da amamentação.

Programa Nacional de Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação

A pasta também anunciou o desenvolvimento do Programa Nacional de Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação. Com o programa, existe o alavancamento da amamentação por todo o território nacional, conseguindo cumprir com a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), onde, até 2025, pelo menos 50% das crianças de até seis meses de vida tenham a possibilidade de serem amamentadas exclusivamente. Até 2030, a expectativa é de que o índice chegue a 70%.

O objetivo do novo programa, este que se encontra na finalização de pactuação com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), é melhorar e integrar ações voltadas ao assunto em todo o Brasil, incentivando que a amamentação tenha início logo na primeira hora do bebê e seja continuada até os dois anos, no mínimo, sendo exclusivamente até os seis meses. O programa irá estimular ações integradas, transversais e intersetoriais de amamentação nos estados e municípios.

O Ministério da Saúde ainda salienta que a amamentação é o meio de proteção mais econômico e seguro para redução da morbimortalidade infantil, impactando a saúde da criança, como ao diminuir o quadro de diarreias, afecções perinatais e infecções — principais causas de mortes em bebês recém-nascidos. A ação também traz benefício para a saúde de mulheres ao reduzir as chances de desenvolver câncer de mama e de ovário.

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