O diretor e roteirista David Lynch, responsável por dirigir produções como “Cidade dos sonhos” e “Twin Peaks”, morre nesta quinta-feira (16), aos 78 anos. Conhecido por seus filmes surrealistas, o cineasta recebeu quatro indicações ao Oscar durante a carreira.
A causa da morte ainda não foi divulgada. No entanto, em 2024 ele revelou que foi diagnosticado com enfisema pulmonar, doença crônica que o impediu de continuar trabalhando presencialmente nas produções. Segundo Lynch, seu vício teria causado a complicação, já que o diretor fumava desde os oito anos.
Início da carreira profissional
Depois de trabalhar como pintor e diretor de curtas, ele lançou seu primeiro longa-metragem, “Eraserhead”, em 1977, filme que conquistou uma forte reputação cult ao longo dos anos.
Logo após essa realização, ele foi contratado para escrever e dirigir “O homem elefante” (1980), obra estrelada por John Hurt e Anthony Hopkins, e inspirada na história real de John Merrick, um homem que sofria de deformações congênitas no rosto.
O filme recebeu oito indicações ao Oscar, incluindo a de melhor diretor, primeira indicação da carreira de David Lynch.
Produções cinematográficas
Em 1984, ele foi responsável por dirigir a primeira adaptação cinematográfica de “Duna”, mas não alcançou o mesmo sucesso.
Dois anos após o fracasso com a adaptação científica, ele conseguiu se recuperar e recebeu uma nova indicação ao Oscar, dessa vez pela direção do longa “Veludo azul” (1986). Em 1990, ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes pelo filme “Coração Selvagem”.
Ainda em 1990, ele lançou a série “Twin Peaks”, que combinou investigação e suspense para conquistar o público. Embora a série tenha cancelado a segunda temporada, o projeto ganhou o filme derivado “Twin Peaks: Os últimos dias de Laura Palmer” (1992), além de uma nova temporada em 2017.
David Lynch também é responsável por produções como “Estrada Perdida” (1997), “Uma História Real” (1999) e “Cidade dos Sonhos” (2001), obra pela qual ele ganhou o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes, e uma indicação ao Oscar.
Seu último longa-metragem foi Império dos Sonhos (2006). O cineasta também fazia participações como ator, tendo sido a mais recente em “Os Fabelmans” (2022), em que interpretou o diretor célebre John Ford.
O diretor também se dedicou à música, tendo lançado os álbuns “BlueBoB” (2001), “Crazy Clown Time” (2011) e The Big Dream (2013).