Musk ameaça retaliar senadores que não apoiarem indicados de Trump

Revista Time revelou que Elon Musk pretende estreitar relações com membros do partido Republicano caso não apoiem o governo

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Foto destaque: Musk pretende retaliar senadores que não apoiarem medidas de Trump (reprodução/X/@SomenteOrestes)

O bilionário Elon Musk ameaçou retaliar senadores que não apoiarem os indicados do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para compor o secretariado do novo governo. As informações foram reveladas pela revista Time nesta segunda-feira (20).

Plano de ação e Super PAC

Mais de 50 nomes indicados por Trump para o próximo governo precisam ser aprovados pelo Senado. A maioria das indicações corresponde a secretários, que ocupam cargos equivalentes ao de ministros de Estado no Brasil. Até agora, apenas Marco Rubio foi confirmado como secretário de Estado. Os outros indicados continuam sendo sabatinados ou aguardam votação.

Musk, segundo a Time, prometeu usar um Super Comitê de Ação Política (Super PAC) para financiar campanhas de candidatos que se oponham à reeleição de senadores que votarem contra os nomes indicados por Trump. O Super PAC é uma ferramenta legalmente permitida nos EUA que permite contribuições ilimitadas a favor de candidatos, o que pode influenciar diretamente os resultados eleitorais.

Senadores republicanos e resistência interna

Embora o Partido Republicano ocupe a maioria das cadeiras no Senado, com 53 de 100, nem todos os senadores apoiam todas as escolhas de Trump. A mais controversa tem sido a indicação de Pete Hegseth para o cargo de secretário de Defesa. Hegseth, sendo um veterano da Guarda Nacional e famoso apresentador de TV, enfrenta resistência devido a acusações de abuso e questionamentos sobre sua qualificação para comandar o Pentágono.

Diante disso, uma senadora republicana que inicialmente se mostrou cética em relação à indicação de Hegseth decidiu apoiá-lo publicamente após as ameaças de Musk.

Relação de Musk com o governo e o risco de conflito de interesses

Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental no governo Trump, tem o desafio de analisar os gastos do governo e promover cortes no orçamento. Além disso, o bilionário é visto como uma peça-chave na campanha de Trump para as eleições de 2024, tendo investido cerca de US$ 200 milhões na corrida presidencial republicana.


Musk esteve na posse de Trump ao lado de outros CEO de grandes empresas americanas (Foto: reprodução/X/@ayeejuju)

No entanto, críticos alertam para o risco de um possível conflito de interesses, já que Musk terá acesso a dados de agências federais enquanto suas empresas, como Tesla e SpaceX, prestam serviços para o governo. A relação entre Musk e o governo Trump levanta preocupações sobre a imparcialidade e transparência nas decisões administrativas e financeiras.

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