A defesa de Daniel Alves, condenado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual na Espanha, entrou com um novo pedido de liberdade provisória para o jogador, que já cumpriu prisão preventiva por quase 14 meses.
“Não vou fugir. Confio na Justiça e estarei sempre à sua disposição”.
Disse Daniel Alves, aos jornais da imprensa espanhola.
Os veículos noticiaram que Daniel afirma ter residência em Barcelona e, com isso, garante que seguirá na Espanha até o trânsito em julgado.
Caso Daniel Alves: defesa e acusação recorrem da sentença
Desde o início do julgamento de Daniel, ambos os lados se mostram indispostos a acordos. Liderada pela advogada Inés Guardiola, a defesa de Alves pede absolvição, enquanto o Ministério Público e os advogados da vítima pleiteiam pena máxima, de 12 anos, como informa o portal G1.
Daniel Alves cumpre pena na Espanha desde fevereiro deste ano (Foto: reprodução/Alberto Estevez/Pool/Getty Images)
O pedido de liberdade provisória se deu por meio de audiência feita por videoconferência a partir do Centro Penitenciário Brians 2, nos arredores de Barcelona, onde Daniel cumpre a pena.
A acusação e a promotoria alegam que o apenado apresenta risco de fuga “tanto pela nacionalidade brasileira quanto pela capacidade econômica”.
Já a defesa do lateral acredita que a liberdade provisória será concedida pelo fato da pena ser baixa e de Daniel já ter cumprido um quarto de prisão efetiva. O time também quer propor o pagamento de um depósito como garantia perante a Justiça, de que o condenado não vai fugir.
A expectativa é que a decisão saia nos próximos meses, porém, uma crise no sistema carcerário da Espanha, movida por protestos de funcionários, poderá afetar o prazo.
O jogador foi punido com quatro anos e meio, mais cinco anos de liberdade vigiada, pela agressão sexual contra uma mulher, em uma boate de Barcelona, em dezembro de 2022.
Daniel enfrenta problemas financeiros
O brasileiro condenado na Espanha enfrenta problemas financeiros desde que uma disputa judicial com a ex-esposa, Dinorah Santana, causou o bloqueio de suas contas.
Antes do julgamento, o jogador pagou uma indenização de 150 mil euros (R$ 801 mil) para a vítima, que não aceitou o valor. No entanto, a Justiça da Espanha manteve o pagamento e entendeu como um atenuante da pena.
A origem do dinheiro desta indenização foi uma doação da família de Neymar, segundo informação publicada pelo UOL.