O influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, e seu sócio, Anderson Boneti, foram condenados nesta segunda-feira (10) a 11 anos e 8 meses de prisão em regime fechado, além do pagamento de multa. A decisão foi proferida pela Justiça do Rio Grande do Sul, após ambos serem considerados culpados por praticar estelionato contra 16 pessoas na cidade de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
De acordo com o processo, os réus utilizaram a loja virtual “Tadizuera” para aplicar os golpes, oferecendo produtos a preços muito abaixo do mercado e não entregando as mercadorias. Estima-se que o prejuízo total das vítimas ultrapasse R$ 5 milhões.
Golpes começaram com entregas para atrair confiança
Segundo relatos colhidos pela Polícia Civil, Nego Di teria iniciado o esquema ainda em 2022. Em um primeiro momento, produtos como celulares foram vendidos com valor reduzido e entregues corretamente. A estratégia visava criar uma imagem de confiança para atrair mais clientes.

Logo depois, foi anunciada a criação da “Tadizuera”, loja online que prometia preços populares e entrega rápida. No entanto, os pedidos começaram a não ser enviados, e os consumidores não conseguiram contato com os responsáveis.
Uma das vítimas contou que teve um prejuízo de R$ 30 mil após adquirir dois celulares e diversos aparelhos de ar-condicionado. “A loja sumiu, e ele não respondia mais. Só então percebi que caí num golpe”, afirmou.
Influenciador já havia sido preso, mas responde em liberdade
Nego Di chegou a ser preso preventivamente e ficou detido por quatro meses na Penitenciária de Canoas. Desde novembro do ano passado, está em liberdade provisória. A defesa do influenciador ainda não se manifestou oficialmente sobre a sentença.
O caso gerou ampla repercussão nas redes sociais, principalmente entre seguidores de Nego Di, que participou do Big Brother Brasil 21. Nas plataformas digitais, ele ainda mantém milhares de seguidores.