Nego Di ganha liberdade provisória do STJ, mas enfrenta restrições por estelionato

Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, foi liberado provisoriamente pelo STJ, mas terá que cumprir restrições, como não usar redes sociais e se apresentar à Justiça

Redação INMAG Por Redação INMAG
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Foto destaque: Nego Di, em foto para a capa de seu livro (Reprodução/X/@negodioficial)

O influenciador Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, ganhou a liberdade provisória nesta quarta-feira (27), após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A medida foi tomada até o julgamento do habeas corpus solicitado pela defesa, mas o influenciador deverá cumprir diversas restrições, como a proibição de utilizar redes sociais e a necessidade de se apresentar periodicamente à Justiça. Nego Di está detido desde julho, sob acusação de estelionato e lavagem de dinheiro, relacionados a um esquema de vendas fraudulentas.

Liberação com restrições

O pedido de liberdade foi analisado e aceito pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca, relator do caso na 5ª Turma do STJ. Apesar da liberação, o influenciador não está livre de restrições. Além da proibição do uso das redes sociais, ele deve manter contato com a Justiça e justificar suas atividades. Caso desrespeite as condições, Nego Di poderá ser novamente preso.


Nego Di deixando o presídio (Vídeo: reprodução/Instagram/@alfinetei)


O influenciador foi detido após ser investigado por um esquema de vendas fraudulentas, no qual utilizava sua imagem para atrair consumidores para compras online com promessas de entrega de produtos a preços muito abaixo do mercado.


Nego Di durante participação no BBB 21 (Foto: reprodução/GloboPlay)

Esquema fraudulento

De acordo com a investigação da Polícia Civil, Nego Di e seu sócio, Anderson Boneti, são responsáveis por lesar mais de 300 pessoas com a venda de produtos como celulares, eletrodomésticos e outros itens por meio do site “Tadizuera”.

Os compradores pagaram pelos produtos, mas não receberam nenhum dos itens, enfrentando dificuldades para ter o dinheiro de volta. A investigação revelou que o prejuízo causado pelo esquema supera os R$ 5 milhões. Nego Di utilizava suas redes sociais para promover os produtos e garantir a confiança dos consumidores, mas, após a venda, os produtos nunca foram entregues.

Além disso, a apuração revelou que as vítimas não tinham como receber o dinheiro pago de volta. A acusação de lavagem de dinheiro também se baseia na movimentação financeira suspeita associada a Nego Di e seu sócio.

Matéria por Lucas Alves (Lorena – R7)

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