Nesta terça-feira (13), as tentativas para promover trégua na guerra entre Israel X Hamas terminaram sem avanços em uma reunião entre os Estados Unidos, Egito, Israel e Catar. No Cairo, os países se mostraram intencionados em iniciar negociações após a intensificação dos bombardeios vindos de Israel à cidade de Rafah, localizada no Sul da Faixa de Gaza.
A reunião foi mediada pelo presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, que conduziu as tratativas com o diretor da CIA, William Burns, e com o primeiro-ministro do Catar, xeque Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al-Thani. De acordo com o site de serviço de informações do Egito, a reunião tinha como objetivo chegar a um acordo sobre uma trégua em Gaza, proteger os civis e fornecer mais ajuda ao enclave.
Após o fim do encontro, o site publicou uma declaração do presidente egípcio em que ele cita uma “vontade de continuar a consulta e a coordenação” sobre as principais questões que envolvem a guerra, indicando que nenhum avanço foi feito.
Ataques em Rafah
Após quatro meses do início da guerra, a cidade de Rafah, localizada no Sul da Faixa de Gaza, abriga mais de um milhão de civis palestinos que se deslocaram para o território para se proteger dos bombardeamentos israelenses. Isso porque, no início da guerra, os ataques eram mais comuns no norte de Gaza. No entanto, nos últimos dias, o conflito vive a intensificação da atividade militar israelense sob Rafah.
O território, que antes abrigava cerca de 300 mil pessoas, agora é habitado pelo triplo de moradores, praticamente todos os civis que sobreviveram desde o início da guerra. Agora, com bombardeamentos em Rafah, dezenas de desabrigados passaram a deixar o território em busca de novos abrigos em Gaza.
Mesmo fazendo fronteira com Rafah, o Egito não permitirá a entrada de imigrantes palestinos que estão fugindo do conflito.
O conflito
Até o fechamento desta reportagem, 28.478 pessoas foram mortas em decorrência da guerra, destes, 133 foram mortos nas últimas 24h, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, autoridade controlada pelo Hamas. Além disso, estima-se que sejam 68.146 feridos, número que preocupa as autoridades visto que a superlotação dos hospitais é uma realidade em Gaza desde o início da guerra, no último dia 7 de outubro.